"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
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"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
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terça-feira, 24 de maio de 2011

André Villas-Boas

Provavelmente se apenas escrevesse o título toda a gente perceberia ... estamos perante um grande treinador e a figura do ano 2010/2011 do FC Porto.

No dia 4 de Junho e acompanhado por Pinto da Costa muitos apelidavam este como sendo o novo Mourinho, chegando ao ponto de o admitirem como uma fotocópia do "Special One". Ele não o fez e na sua apresentação demarcou-se logo, mostrando que queria que fosse visto pelo valor que tem e não como um sucessor seja de Mourinho ou até de Sir Bobby Robson. Apareceu com ideias claras, apelando a vitórias futuras e com a ânsia de ganhar que no Porto é fundamental.

Aparentemente tinha uma missão impossível. Do outro lado estava um auto proclamado "catedrático do Futebol", alguém que com a sua armada de jogadores venceria qualquer obstáculo ... e no dia 7 de Agosto surgiu o abanão: O Porto vence sem discussões o Benfica por 2-0 e vence a Supertaça.
A partir daí tudo serviu para tentar com que Villas Boas não fosse levado a sério, sendo apelidado de miúdo e de alguém que não saberia lidar com a derrota (coisa que este ano foi rara). No entanto este Porto não tremeu e continuou o seu caminho com goleadas de fazer render qualquer adepto, exibições estonteantes de jogadores que ao longo do ano mostraram uma confiança tremenda no seu trabalho e reviravoltas em terrenos adversos que acabaram às escuras.

O jovem treinador cedo começou a estar nas bocas internacionais e meses depois já estava em listas para suceder a treinadores de equipas inglesas e italianas. Sendo ele um portista apaixonado pelo seu clube, quase apetece dizer o adepto mais próximo que temos dos jogadores é ele e poderá ser essa a chave do sucesso, aliada a um talento já reconhecido mundialmente. Seria ingrato não relembrarmos 2003 ao ver este trajecto, mas sabemos que o sabor é diferente e histórico onde recordes foram batidos e onde se escreveram linhas para a posterioridade. 

Hélton, Rolando, Moutinho, Hulk, Falcao ... todos foram importantes nesta louca temporada, mas são estes que também não esquecem o papel do treinador que lhes transmitiu confiança e o querer que os fizeram transcender... mais do que a relação jogador/treinador, todos são amigos e têm o Porto como escudo a defender.

Supertaça, Campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal ... tudo com 33 anos. Repito, 33 anos. Não lhe chamem "Special two" ou "Special too", chamem-lhe apenas André Villas Boas, um orgulho para quem é portista, gosta de futebol e que (como eu) sonha estar onde ele está. Aqui fica assim o meu reconhecimento do grande trabalho deste homem que nos proporcionou um ano cheio de alegrias.

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