Neste texto dirigimo-nos a vocês, homens - sim, tu também, que não escapas -, que têm a árdua tarefa de olhar para um fogão e saber que, mais tarde, algo comestível de lá terá que sair. A isso, as mulheres chamam de cozinhar.
Um ponto prévio: "boeuf bourguignone com cachaça"... Mas isto come-se, ou é apenas um exercício de dicção? É por estas, e por outras, razões que os homens têm medo de livros de culinária. Para nós, seres descomplicados, palavras como "prego em prato", "cachorro quente", ou até "bifanas", são como música para os nossos ouvidos. E porquê? Seres simples, como nós, gostam de coisas simples, pois o mundo fica equilibrado... Agora dizer que vai comer "strogonoff" tem algum jeito?
É sabido que os grandes chefes do mundo são homens... Lógico! A razão para tal é de uma simplicidade tremenda. Se na estrada as mulheres são o constante co-piloto, na cozinha o homem tem que ter liberdade - até porque na cozinha há possibilidades de escapar aos constantes avisos por parte das senhoras, bem como a possibilidade de vingança quando ela comer o que está a ser cozinhado por vós, homens com talento (sim, porque é preciso ter talento para cozinhar).
Mais a sério, é óbvio que os homens olham para a culinária como uma espécie de jogo em que perder não pode ser uma opção - terás que comer o resultado, portanto, não há como fugir. Podes ser um grande cozinheiro, agora, mas não escapaste de comer coisas mais duras que cimento.
Ah, mas era suposto ensinar-vos a cozinhar? Nesse caso, estão a perguntar às pessoas erradas, até porque estamos a fazer um serviço público. Logo, já temos muitas responsabilidades. Posto isto, há duas coisas a reter:
- Os autores deste artigo possuem zero capacidades no que toca a cozinhar mas, como qualquer português, mandam o seu "bitaite" sobre tudo, e mais alguma coisa.
- "Filé Mignon" não é uma raça canina, é comida mesmo. Depois não digam que não vos avisamos!
Daniel Teixeira e Fábio Silva
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