"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O pós Euro 2012


E pronto, acabou-se o Europeu. Acabaram-se os jogos as 17 horas e outro logo a seguir as 19h45 que nem dava para uma pessoa se levantar para ir buscar mais amendoins ou o refresco para acompanhar as jogadas. Já não há mais aquela vontade de saber quanto ficou um Polónia-Rússia ou até mesmo um espectacular Républica da Irlanda-Cróacia, que até nem serviam para nada, mas para mostrar que se está atento vai-se entrando em contacto como bom entendor. Houve animais a adivinhar resultados (Platini incluído), houve o fenómeno Balotelli a comparar-se com carteiros e houve ainda selecções a vencer jogos a jogar sem ponta-de-lança ... enfim, uns com tudo e outros sem nada não é?

Para nós acabaram-se as saídas rápidas do trabalho para se ir ver Portugal, as esplanadas repletas com ecrãs gigantes, o nervoso miudinho em cada corte do Moutinho e do Pepe, em cada arrancada do Ronaldo e em cada mau domínio do Postiga. Acabou-se aquela solidariedade que tínhamos uns pelos outros no meio da multidão com cada bola que balançava dentro da rede ou remate ao ferro, a mágoa da derrota contra a Alemanha, o renascer da alma com o 3-2 do Varela à Dinamarca, a magia que surgia com os golos do Ronaldo à Holanda e à República Checa e até mesmo o sentido de impunidade quando vimos o penalti do Bruno Alves bater na trave e a “injustiça” tomou conta de nós. Neste mês de Junho que passou fomos uma nação unida contra os adversários que tinhamos de 3 em 3 dias, fomos um povo a acreditar em 23 jogadores que tinham Portugal a torcer por eles ...

Mas agora tudo isso terminou. Voltamos à crise e ao desalento, ao pão nosso de cada dia como muitos lhe chamam, à mesma tristeza de pensamento (e também de alento). Este mês pode-se bem dizer que foi as férias de estarmos cabisbaixos e sem esperança porque sendo muito frenética ou não a reacção que se tenha nós vivemos o Euro 2012 de uma maneira apaixonante e a acreditar que no final de tudo poderíamos trazer o ‘caneco’ para casa. Tal não aconteceu (a sorte sorriu de novo à Espanha), mas mesmo assim há que ter noção que tudo se fez para que o destino fosse outro.

A moral da história? Vamos ser mais optimistas e sorrir, se num mês tudo pareceu diferente e positivo, porque não continuar com esta onda?

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