"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

quarta-feira, 20 de março de 2013

E à sétima avaliação, Gaspar errou (de novo)

Se Deus ao 7º dia pôde descansar, o mesmo não podemos dizer da nossa mais recente avaliação da Troika. Portanto, a saber:
- O Produto Interno Bruto (PIB) passa de 4,5% para 5,5%;
- Recessão será de 2,3% do PIB ao contrário dos 1% previstos anteriormente;
- Desemprego pode chegar aos 19% na parte final do ano;

A que conclusão chegamos? Sim, aquela frase com uma asneira pelo meio atravessa logo a nossa mente, mas mais importante que isso é constatar o óbvio: as nossas contas falharam outra vez. O que não surge como algo de novo torna-se preocupante porque sempre que o nosso ministro Vítor Gaspar diz que vamos ter laranjas, afinal vem a troika e diz que vamos levar com valentes pêras (e o suminho de laranja que estávamos a espera nunca mais chega).

O que fazer após sabermos destas desgraças dadas pela Troika? Percebermos onde o Governo está a ver onde tirar a fatia que pode (e volto a referir o modesto "pode") equilibrar a balança. O Governo já confirmou que propôs aos sindicatos uma indemnização até mês e meio de salário por cada ano de trabalho ... no entanto não avança o número de funcionários públicos com os quais quer criar rescisões amigáveis.
Como vêem ainda vamos na cena do "dá e tira" que já nos acompanha praticamente desde que nos auto-proclamamos Portugal.

A sério que gostava de fazer piadas com isto, juro-vos ... mas depois de ter pesquisado o que pesquisei para escrever isto que estão a ler custa-me, porque não me parece "normal" estarmos assim com estas condições e para muitos é mais preocupante que agora nos estejam a comparar ao Chipre por eles terem chumbado o programa da Troika (já agora, onde por lá se festeja tal feito).

Como uma aterragem turbulenta de um avião resta a muita gente agarrar-se ao que tem e esperar que os pilotos (que sejamos francos já estiveram mais longe de saltar de para-quedas) nos ponham no melhor conforto possível. 

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