“Amigos chegou o momento de vos pedir ajuda.
Sei que estamos juntos e todos queremos ganhar o campeonato da Europa. Sei que muitos já colocaram a bandeira nacional nas janelas mas chegou o momento de vos pedir algo mais.
Nós aqui, quando possível vamos espreitar o que vocês dizem nas redes sociais e por isso gostaria de vos pedir que nos motivem… que escrevam e partilhem o vosso apoio, o vosso desejo… queremos sentir ainda mais a vossa força.
Queremos ver as cores de Portugal nos vossos perfis, queremos os sorrisos de uma nação motivada porque todos juntos somos mais que um país, somos uma equipa.
O momento é agora!”
Este é o apelo de Ricardo Quaresma partilhado nas redes sociais.
Em 2004, há doze anos atrás, eu tinha apenas oito anos de idade. Era uma criança, mas lembro-me como se fosse ontem da final do Euro frente à Grécia. Nesse ano, curiosamente, o campeonato havia sido realizado em Portugal e, por essa mesma razão, foi provavelmente a primeira vez na minha vida que vi o nome do meu país nas bocas do mundo. Os meus olhos olhavam maravilhados para o meu redor pintado de verde e vermelho. Nunca imaginara algo assim... Tudo o que eles viam era magnífico! O meu pequeno coração palpitava ao som da campanha da Galp, cuja canção nos fazia gritar por "menos ais", pedindo "muito mais".
Foi, sem dúvida, dos poucos momentos em que vi um país inteiro coeso, unido em volta do mesmo palco. Foi a primeira vez que experimentei o sentido da palavra pátria. Só de reviver esses momentos me arrepio...
Foi bom pertencer à geração que vibrou com os golos de Figo, as defesas de Ricardo, a confiança do próprio seleccionador - o mestre - Scolari! A geração que chorou e riu lado a lado com os incríveis 23. A geração que não criticou e que acreditou até ao último minuto que a taça seria nossa. Fomos de uma força capaz de calar o mundo inteiro!
Doze anos depois, ao ver o vídeo «A Marcha de uma Nação!» de Guilherme Cabral, fui transportada para o palco da luz, num regresso incrível ao passado, onde a esperança era tão grande quanto a ilusão e a ilusão tão grande quanto a fé. Agora, doze anos depois, devemos voltar a acreditar. Acreditar com todas as forças e, tal como Eusébio, beijar o relvado e esperar que a magia portuguesa aconteça.
Ainda hoje choro a relembrar esses momentos e essa febre. E espero daqui a duas horas estar a chorar de alegria pela vitória daqueles que depois de convencerem, finalmente, venceram!
Façam-se cordões humanos, cante-se o hino. Hoje quem marcha somos nós!
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