“Podem baixar-nos os salários, podem deixar-nos de rastos, mas nunca deixaremos que nos ofendam” … ok, não é bem como o filme Bravehart, mas é assim que nós portugueses nos sentimos.
A Moody’s ao considerar Portugal como sendo “lixo” abriu uma guerra contra um povo que deixa passar muita coisa, menos ser atacado na praça pública. De um momento para o outro já não importa que haja cortes e impostos novos, importa sim mostrar a uma agência que estão errados ao tratar-nos assim e que somos pequenos, mas temos as nossas armas.
A crise é posta para trás das costas e nesta semana que passou o que interessou era assegurar que a Moody’s se arrependesse daquilo que fez. Vídeos, mensagens no Facebook, ataques ao site da agência, montagem de imagens que ridicularizava a situação … tudo deu para mostrar que somos artistas no que toca ao contra-ataque.
Mas ser só o povo a mostrar revolta não chegou. Passos Coelho e Luís Felipe Menezes foram algumas das vozes activas onde se destacaram também o inigualável Alberto João Jardim (que disse que quer a Moody’s fora da Madeira o mais rapidamente possível) e até o próprio Cavaco Silva (que deu um puxão de orelhas à agência). Este último surpreendeu-me. Passa a vida sem dizer nada de jeito e de bom para nós quando é preciso, mas quando vê que vai ser ‘ouvido’ no estrangeiro toca a ser bonito nas palavras para mostrar que ainda está no activo … tudo pelo bom nome de Portugal.
A agência de rating norte-americana cortou mesmo o acesso ao website a todos os utilizadores que usem um endereço de IP português, ou seja também sabe defender o que leva a que nós ainda não possamos cantar vitória … Esta é a nossa “novela” de Verão sem dúvida nenhuma.
Vamos falar de como tentar sair da crise? Não, vamos antes bloquear o site da Moody’s porque eles classificaram-nos mal (Nota: A UE já veio mostrar que esta descida do ranking não conta para nada, mas o que é que isso interessa? Quem nos fere o orgulho não sai impune, era só o que faltava…)
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