O autarca Isaltino Morais foi mesmo preso … por 24 horas. Por volta das 19h foi libertado onde esteve encarcerado (mesmo a tempo de saborear um bom jantar com o seu precioso advogado). Se ontem a notícia era a sua detenção, hoje é a velocidade com que se pôs de novo cá fora (eu cá pra mim quase que aposto que foi tão rápido porque ele não gostou da vestimenta).
Lembro-me de ouvir na RTP ontem alguém a dizer que o facto de Isaltino ter sido preso “é uma prova de que a Justiça funciona” … bem, a sua libertação hoje é uma prova de que a Justiça tem as pilhas fracas.
Este episódio (lamentável) traz-me à memória aquilo que aconteceu a Vale e Azevedo, só que de modo inverso: o primeiro esteve lá dentro e pouco depois saiu; o segundo saiu, respirou duas vezes ar puro e voltou lá para dentro (acho que ainda não tinha pago a factura da Sport TV).
Uma coisa é certa e inquestionável: o advogado do Isaltino Morais é exímio no que toca a recursos a sentenças. O homem arranjou logo maneira de pôr o seu cliente cá fora trazendo as notificações necessárias. Este é o tipo de pessoa que toda a gente gostaria de ter ao lado… quando se sentasse no banco dos reús (depois disto até deve ter cláusula de rescisão).
O arguido (que já andava “as turras” com a justiça há anos) mal foi preso acusou logo o tribunal de ter errado, tal como um defesa que pegou a bola com a mão culpa o árbitro por ter visto o lance. No entanto, mal saiu cantou uma música diferente: “a minha dignidade foi enxovalhada nestas últimas 24h mas no final de tudo ainda acredito na justiça” … afinal perdoa o árbitro porque o penalti foi por cima.
Para terminar enalteço (sim, porque me está a apetecer enaltecer coisas) dois factores:
- O taxista familiar do Sr. Isaltino Morais deve ser o único no país com a sua profissão que tem uma conta na Suíça;
- Se passou pela prisão e mesmo assim a única coisa ‘violada’ no processo foi a sua dignidade, já vai com sorte não acha?