"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

João Jardim, obviamente “special one”

E o senhor lá ganhou (de novo) com maioria (de novo). Nem um buraco enorme nas contas, o descrédito que atirou ao continente, nem as suas ameaças de “independência” e nem tendo Coelho (o madeirense) fazendo a campanha que tanto nos faz rir … nada foi suficiente para tirar o senhor do “poleiro”.

Vamos ser francos, quem tem acompanhado a persona que é Alberto João Jardim e a maneira como gere o seu pequeno “país” sabia que podiam atirar-lhe tudo e mais alguma coisa que ele levantava-se, fazia uma analogia qualquer contra o governo e as pessoas aplaudiam… os cães ladram e a caravana passa como se costuma dizer.

Ele é uma espécie de Mourinho. Muita gente o odeia e querem vê-lo cair para lhe apontar o dedo (isto não é uma ironia ao castigo do Mourinho); no entanto ele é bom no que faz, ganha e com resultados para toda a gente ver. João Jardim é igual, o homem ouve cobras e lagartos sobre aquilo que faz e sobre a maneira como administra a Madeira, mas mesmo assim ganha, para inglória e insatisfação de muitos. Podiam dizer “sim, mas desta vez ganhou com menos de 50% …”, pois bem, também se ganha por 1-0 quando tem que ser.

Marcelo Rebelo de Sousa: “Alberto João Jardim é um vencedor amargo, um vencedor vencido";
Eu falo por mim, mas quando ganho, “amargo” e “vencido” são as ultimas sensações em que penso. Eu sei que a frase se refere ao possível descrédito que estas eleições deram a conhecer (desde o ambiente de votações até ao seu resultado), mas há que enaltecer que quem venceu já anda nisto tempo suficiente para perceber que “safou-se bem”e que quando a poeira assentou, ele ainda lidera. Moralismos não sei se entram quando falamos da Madeira.

Eu gosto de política por causa da vertente táctica. È preciso saber jogar com todas as peças e Alberto João Jardim é bom naquilo que faz, gostemos ou não. É quase certo que por vezes joga sujo (acto que eu condeno solenemente), mas a verdade é que prevalece onde está, mesmo que agora não seja tão intocável como era …

1 comentários:

nidia disse...

citando o meu caro amigo Hugo Santos , subscrevo.o na integra : " Os/As madeirenses que votaram Jardim fazem-me lembrar aquelas pessoas que são encornadas milhentas vezes, alguém lhes alerta para o facto mas a razão está sempre do lado do seu "mais que tudo". Haverá sadismo mais puro?".

Enviar um comentário