Hoje analiso as duas pontas da vida: os bebés e os velhotes.
De um lado o início, aquele ser maravilhoso que mesmo quando berra faz soar um “oh” querido até à pessoa mais fria do mundo ... e do outro o ser que diz “oh” quando vê a conta que tem que pagar na farmácia.
De um lado o início, aquele ser maravilhoso que mesmo quando berra faz soar um “oh” querido até à pessoa mais fria do mundo ... e do outro o ser que diz “oh” quando vê a conta que tem que pagar na farmácia.
Mas vamos começar pelo início (esta é uma frase estúpida não é?). O bebé tem apenas 4 capacidades: chora, berra, come e dorme. A parte inacreditável é que todas elas são giras para quem às vê. “Olha o menino está a berrar com dores ... mas é tão querido naquele babygrow azul ...”. É avassalador o efeito deles em todo o lado e é algo único, porque se alguém adulto apenas comesse e dormisse era um preguiçoso, mas como é um bebé é a coisa mais fofa do mundo ... não tem explicação lógica, mas essa parte não interessa, logo que as pessoas possam pegar no bebé.
Sim, ok eu sei que é um ser frágil e que precisa de ser cuidado, mas algo que eu não entendo é o porquê de ser uma espécie de “troféu” quando a família se junta. A criança não tem descanso a andar nos braços de quase todos os parentes e pode berrar à vontade porque “o mal dele é sono”. Mas para terminar este assunto tão ternorento e fofo (não, não vou dizer “oh fica tão giro a dormir” ...) apenas digo uma espécie de “aviso” para os papás. Alguns têm a estúpida mania de fazer a brincadeira do “quem é o menino do papá? Quem é?” ... é pá se quiserem mesmo saber perguntem à mãe que duvido que o miúdo saiba.
Agora está na altura de falar da terceira idade e que me conhece sabe que eu tenho um certo fascínio por esta fase da vida. Eu sou um simplista por natureza e eu acredito que os idosos sabem que agora os limites físicos existem, mas têm a sua liberdade. Por isso pegam na sua inseparável boina, preparam a sua gravata, a sua melhor camisa às riscas, o seu polozinho, as calças até ao umbigo e lá vão para as ruas e tascas prontos para passar a tarde a falar mal do Benfica, do governo e das farmácias. Como é óbvio o jogo acompanha-os e a palavra “suecada” é ouvido sempre entre os “gangs” que por aí andam (só para tirar possíveis dúvidas, “suecada” é jogar à sueca, não é falar de um possível caso que teve com uma sueca nos anos 80).
Os homens são garanhões “licenciados” e estão sempre de olhos nas jovens, as mulheres são o poço da sabedoria e da cusquice ... enfim é uma fase onde a vida é (quase) bela ... sim porque há sempre um senão ... no caso deles chamam-se TVI e SIC todas as manhãs.
Curiosamente não sei bem como terminar esta crónica ... pensei numa piada sobre choro de bebés, mas pareceu-me mal, depois ocorreu-me uma sobre perda de memória, mas soa a mau gosto e a pouca sensibilidade. Posso ficar a dever um conclusão? Eu prometo que não me esqueço na próxima.
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