"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nova etapa

Durante quinze anos, a rotina foi a seguinte: levantar, ir às aulas e dividir o tempo restante entre pouco estudar e muito relaxar. Foi bem passada, esta década e meia sem horários fixos. Agora, começou a nova etapa, onde o horário e o trabalho são constantes e as responsabilidades maiores do que alguma vez foram.

Mais do que nunca, o desafio em mostrarmos o nosso melhor está presente. O mote é fazer o o que fazemos bem e com qualidade. Se acreditarmos nas nossas capacidades, saberemos que nada é impossível.

Aquilo que pode parecer rotineiro em nada o é, pois cada dia, cada tema. Reunião a reunião, aprendemos uns com os outros na redação. Eles ensinam-me aquilo que desconheço e eu tento trazer o que conheço para todos eles. Depois de um assunto nos ser incumbido, começa a adrenalina de o explorar. Pesquisamos, telefonamos e examinamos. Em seguida, começamos a escrever.

Após estruturado o texto, e escolhidos o título e as imagens, temos o nosso trabalho pronto. Olhamos para o produto final e esperamos que o artigo esteja bom o suficiente. No entanto, e independentemente de tudo, ninguém pode negar a satisfação pessoal que temos a cada texto acabado. São pequenas conquistas que nós, estagiários de jornalismo, temos ao final de cada trabalho. E imaginem esta satisfação multiplicada pelo número de artigos que produzimos ao longo do dia ou da semana. Não há descrição possível...

Agora, só nos resta continuar o bom trabalho, aprender com os erros e termos coragem para propormos desafios a nós mesmos com a meta de aprender, evoluir e superar aquilo que achamos ser o nosso limite.

Fábio Silva

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval, namoros ... e Champions



Meus amigos estas três palavras resumem bem a semana que agora se inicia e tendo em conta que cada assunto é especial vou falar deles um bocadinho porque todos têm o seu encanto, quer dizer, mais ou menos, depende do disfarce, do namoro e da televisão que tiverem ...

O Carnaval é sinónimo de festa, confetis, alegrias nas ruas, paradas de pessoas mascaradas, confetis, fitas coloridas e homens com pêlos no peito (à mostra no sensual vestido que tirou à mulher) usando saias curtas e batom ... ou como muitos chamam “serão nas ruas as 3 da manha na Trindade ou Terreiro do Paço”. Não me levem a mal, não tenho nada contra isso, apenas me confunde o à vontade deles durante o processo como que durante o dia fosse bonito não cruzar a perna e mandar piropos ... mas pronto, cada um é chefe de família como quer seja de fato de treino ou de vestido comprado na Mango.

O Dia dos Namorados é o dia para apaparicar a cara metade, onde apenas importa o reforço da relação e onde as palavras amorosas ganham outro sentido (eu vou parar por aqui porque o meu nível de açucar já está muito alto e não quero abusar). Não me alongando muito só quero dizer uma palavrinha aos homens que neste momento andam à caça de flores, bombons ou até de um simples postal que diga “a outra não significava nada para mim”: Não se esqueçam dos outros 364 dias, esses também são importantes. Portanto fofinhos sim, mas em fase doseada, como se comem mousses. (a referência à mousse é só porque tenho fome, não tem outra importância conotativa).

A Champions surge-nos este ano com armadilhas: nesta primeira semana só há quatro jogos e o melhor deles todos dá ... na TVI. É um misto de emoções que os fanáticos sofrem e não entendem. Podemos estar a ver descansadamente o jogo Real Madrid - Manchester United e apercebermo-nos que para o comentador o Xabi Alonso é o Ozil ou o Van Persie é o Anderson ... e isso baralha-nos um bocadinho.
Outra nota é que a Champions este ano não serve como desculpa para dia 14. E para aqueles que dizem “há e tal, mas dá a Liga Europa” ... perante o cenário actual, ao dizeres isso das duas uma: ou não aprecias futebol, ou não compraste prenda para a namorada. Seja qual for a hipótese és um bocado parvo.

E é assim “sócios”, a semana será assim cheia de ramboia, folia, amassos, beijinhos e snacks espalhados em sofás ao intervalo dos jogos ... apreciem a semana.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O que nos distingue dos outros



Se há característica mais extraordinária e bela no Ser Humano, essa é a sua capacidade de usufruir dos seus cinco sentidos de forma radical e não limitá-los a um emprego mais intuitivo, como de resto fazem os animais.
Quero com isto dizer que capacidades tão simples como ver, ouvir, ler ou falar podem, realmente, servir de meio para uma melhoria não só da qualidade de vida individual, mas também da sociedade e da Humanidade como um todo. Isto porque, se nos interessarmos verdadeiramente pelo que estes sentidos nos podem dar, captaremos cada vez um nível superior de conhecimento, o qual nos permitirá sair de um fosso que é a ignorância e emergir a um paraíso mais conhecido por cultura. Por exemplo, se eu ler uma obra de um investigador, eu compreenderei o seu trabalho, bem como, resultados e motivações. Além deste, outro fator importante relativamente aos nossos sentidos, como o ouvir, é a entrada no maravilhoso universo da comunicação e da relação com o outro. Onde, uma vez mais, a cultura tem um papel determinante. Isto é, por exemplo, toda e qualquer oportunidade de ter uma conversa clara e rica com alguém, e ser capaz de o fazer com sucesso.
Em suma, todos os sentidos e sensações trarão, diria eu de igual modo, benefícios quer para a individualidade do Ser Humano, no que toca ao seu auto enriquecimento e construção, quer para a sociedade e Humanidade que, graças a serem constituídas por seres mais cultos, terão a sua oportunidade de avançar para um nível superior, nomeadamente o do bem comum.

Rute Rita Maia, 3 de fevereiro de 2012

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Para que serve a memória? E a História?



Jacques Le Goff disse um dia que “devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens” e eu não podia estar mais de acordo.
Isto é, não só a memória, mas também a História e todo o nosso passado enquanto sociedade nos levam a compreender a nossa origem, coletividade e interdependência. Não há como o negar. É quase como se exigíssemos de um lobo que articulasse palavras ao invés de uivar. Não podemos exigir tal porque vai contra a sua natureza. Os seus antepassados também não o faziam. A memória e o decurso da História funcionam assim. Desse modo, ambas constroem a nossa identidade quer enquanto indivíduos, quer enquanto sociedade. Não podemos esperar que franceses defendam de unhas e dentes os alemães, quando os primeiros sabem, pela História, que entre estes dois povos sempre houve relações conflituosas e quando estas gentes têm na memória os que morreram na guerra a combater uns contra os outros. A História deve funcionar, portanto, para não se repetir erros do passado e para perceber a origem de certos eventos dos dias de hoje. Deve, então, servir para a «libertação» dos homens. E aqui se cruza História e memória e a utilidade de ambas.
Em suma, a memória alimenta-se da História e ambas nos constroem, a nós, ao nosso presente e delineiam o nosso futuro.

Rute Rita Maia, 2 de fevereiro de 2013