"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Portas em ponto de rebuçado



E depois do Primeiro-Ministro na sexta-feira eis o 2º Primeiro-Ministro de Portugal a entrar em cena. Paulo Portas decidiu aparecer após Pedro Passos Coelho ter dado a conhecer a mais recente estratégia de cortes no nosso país.

E o que disse Paulo Portas? Basicamente defendeu a sua ideologia. Prontamente decidiu focar-se no facto de apesar de estar em fase de coligação com o PSD, o CDS não se revê nos planos de austeridade apresentados.  
Sentiu-se um Portas incomodado, com vontade de abanar alguns ramos (mas sem nunca estragar o seu nó de gravata).


Deixo de seguida 2 excertos que o líder do CDS afirmou na sua intervenção:
- “Não quero deixar de abordar a medida mais problemática, a TSU dos pensionistas. O primeiro-ministro sabe que esta é a fronteira que não posso deixar passar”.
- “Perante a pressão para cortar nos salários, fui um dos que aconselharam o primeiro-ministro a reduzir a própria despesa do Estado em vez de aumentar os impostos”.
 
O que retiro daqui é um Portas que se sente mesmo em ponto de rebuçado, talvez pronto para sair do barco, sentindo-se apenas como um tripulante sem voz dentro do Governo. Comparativamente a Passos Coelho apareceu bem mais preparado, não fugiu a demonstrar o seu descontentamento (seja ou não forçado para passar uma imagem exterior positiva).

Sempre o vimos como o senhor ao lado do Primeiro-Ministro, com uma pasta “dada” para compensar o acordo para a coligação que governa o país. Mas talvez após esta aparição (e com o aparente deterioramento do Governo onde paira a saída de Gaspar) Portas pode mesmo assim dar um sinal de força, largando a personalidade de “responsável sem efeitos práticos”.
Mas mesmo assim não podemos esquecer o duro golpe que nos foi presenteado na sexta-feira. Vem aí mais complicações principalmente para quem é reformado e que já antes disto era alvo activo deste Governo. Salvadores de boca temos muitos, mas alguém com acções parece ser escasso ...

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