"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Desejos para 2014

Filipa Alves: Um bom ano, não só aos leitores do 'Crónicas' mas também aos que ainda irão ser e aos leitores em geral. A todos aqueles que apreciam a leitura e que não dispensam um bom livro, seja lido num iPad ou envolto em papel e numa capa dura. O que importa é a força das palavras. Troquem-nas sem limite e quando já não houver voz, apontem-nas e ofereçam-nas. Façam alguém feliz. Que o próximo ano seja assim, um ano feliz.

Pedro Oliveira: Da minha parte como membro do Crónicas em Branco gostaria de desejar a todos os seguidores do nosso blog uma feliz passagem de ano, que estabeleçam muitas metas a atingir para 2014 e que uma a uma se dediquem a cumprir de modo a que seja mais um ano de igual ou maior sucesso que este que agora finda. Feliz 2014!

Fábio Silva: Não sei se é por causa de estar crescido, mas os anos parecem passar cada vez mais rápido. No entanto, neste curto tempo (o que são 365 dias afinal?), muito se passou. Eu, tu, ele, nós, vocês e eles… Cada um com momentos importantes, bons ou maus, passados durante 2013. Quero agradecer a todos aqueles que melhoram os meus dias e que me dão motivos para acreditar que, apesar de todas as dificuldades que vivemos, há sempre motivos para me levantar todos os dias na esperança de um futuro melhor. Por isto, desejo que 2014 consiga ser melhor e que novas e melhores portas se abram para todos nós, onde quer que vivamos e independentemente de onde somos, como somos e que escolhas fazemos para sermos felizes. A todos, um bom ano de 2014!

Ania Santos: É tempo de elaborar novas metas para este ano que se inicia… Não posso dizer que costumo cumprir tudo a que me proponho nesta altura do ano, aliás, pouco chego a realizar e, portanto, neste ano decidi não desejar ir á lua, escalar uma montanha ou virar estrela de cinema. Não, para o próximo ano, só coisas exequíveis! Assim sendo, desejo que o Crónicas em Branco receba muitas publicações, mais comentários e que se torne num blog de referência. Desejo que a minha vida pessoal melhore a todos os níveis e que a pontinha de sorte que não me tem acompanhado volte a brilhar no novo ano. Last but not least, desejo que o fundador do Crónicas em Branco, Daniel Teixeira, comece a ter um bocadinho de piada. Oh bolas, lá estou eu a pedir de mais…

Rute Rita Maia: Em 2013 aconteceu-nos de tudo. Este foi o ano em que se elegeu um novo Papa. Foi o ano do Swag e do Twerk. O ano em que a luz ficou mais cara, e talvez por isso, eu não vi muito bem o porquê de Portugal ter ganho, de repente, um vice primeiro-ministro. Foi o ano em que o coelhinho nos voltou a trocar os passos, ao deixar-nos no cestinho mais impostos, em vez de ovinhos de chocolate (valha-nos o Tribunal Constitucional!). O ano em que Paul Walker, tão querido entre o sexo feminino, abandonou as estradas de Hollywood, e com ele, outras estrelas passaram a iluminar-nos lá de cima. Outras reformaram-se, como o caso recente do nosso amigo Bieber. Culturas à parte, 2013 foi um ano rico em acontecimentos, repleto das mais variadas emoções. Para uns 13 de sorte, para outros de azar. Para mim, foi o ano em que atingi a idade (aos olhos da lei) adulta, e concretizei o que de mais esperado pode haver na vida de um estudante: a entrada na Universidade (resta saber quando é que de lá vou sair...). Por isso, com tanta coisa no «entretanto», só me resta esperar de 2014 mais e melhores aventuras. Mais surpresas. Mais notícias. E mais polémicas, quer por este Portugal fora, quer no mundo, com que eu e os meus colegas aqui do Crónicas possamos “gozar”. Quer dizer, trabalhar. Desejo um excelente ano a todos os nossos leitores – e mesmo àqueles rezingões que não passam por cá – e espero que quem nos visita, continue a fazê-lo mesmo nos dias mais cinzentos. E já agora, se não for pedir muito, traga consigo um ou dois amigos, para trocarmos de opinião. Haja saúde, e claro, façam o favor de serem felizes!

Daniel André Teixeira: Neste ano que termina decerto todos choramos, rimos, acreditamos, desafiamos, contrariámos, enfim, vivemos. Em 2014 o mote terá de ser o mesmo, apesar de ter exactamente os mesmos 12 meses de duração (eu sei, spoiler alert!). O que eu desejo a todos para 2014 é que não se deixem limitar. Não deixem projectos na gaveta, não calem uma voz que pode ser bem aquela que revoluciona toda uma situação. Num mundo (e mais concretamente num país) como aquele que temos, é fulcral que sejamos activos e que a nossa veia artística esteja na mó de cima. As nossas idiossincrasias são aquilo que nos define, não as devemos perder. Em 2014 não percas o rumo que queres da tua vida.
Quanto ao ilustre público do Crónicas em Branco uma promessa: fiquem por aí, porque este ano vai ser qualquer coisa de extraordinário...
(Ah, e se fosse possível, gostaria que em 2014 o FC Porto jogasse futebol, e não aquilo que anda a fazer em campo ...).


 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Olhares

Caminho à beira-mar. O vento está forte e as ondas agitadas. Apesar de agasalhado, o frio teima em quebrar a barreira que o separa do meu corpo. Felizmente, não tarda a que esteja sentado numa gelataria, quente e confortável. Enquanto espero por um delicioso crepe com chocolate, algo me cativa por momentos: um olhar.

Naquele momento, arrisco-me a dizer que nenhum chocolate do mundo conseguiria superar a doçura daquele olhar. Nem a sua intensidade ou beleza. Apesar de não ter uma grande experiência de vida (tenho apenas 21 anos), acredito nunca ter visto algo tão belo como aquele olhar.

Dizem que os olhos são o espelho da alma. Confesso que nunca dei importância ao que tal frase poderia significar e, durante a minha vida, passei por uma diversidade de olhares. Já os vi transparecer felicidade, tristeza, arrependimento, cansaço, força, energia... No entanto, os olhos que me fitavam mostravam algo diferente: amor, ternura e paixão.

A verdade, é que já passaram alguns anos desde que vi os seus olhos pela primeira vez. Apesar de todo o tempo decorrido entre esse dia e este, continuo imerso neles e estou eternamente agradecido por ser merecedor de todas as coisas magníficas que esse olhar me faz sentir sempre que o vejo.

Fábio Silva

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sozinha, mas não só


Desde os tempos mais remotos da minha adolescência que ouço dizer que o sexo masculino tem medo de mulheres independentes. É como que elas desafiassem a autoestima deles; pois lhes é difícil admitir que exista neste mundo alguma mulher capaz de viver tão ou mais feliz sem eles do que na sua companhia. Então, desde esses mesmos tempos que prometi a mim mesma ser uma dessas mulheres. Invejo com admiração as que não se deixam levar pelos cânticos mais ousados. As que não seguem estereótipos e permanecem fiéis a si mesmas e aos seus desejos. As que não se vê nelas uma pinta de solidão ou falta de alguma coisa. As que pisam o chão firme com mais firmeza ainda. Que se destacam no meio de uma multidão pelo que fazem e por o que são.
Prometi a mim mesma ser capaz de construir relações que não só preenchessem todos os campos da minha afetividade (tão ou mais exigente do que a de uma mulher casada), mas também, que me ensinassem a cuidar de mim, só de mim, sem me preocupar com as satisfações que me viessem pedir. Ficar sozinha não me assusta, se eu souber aquilo que me faz feliz. Que me vai fazer sentir especial, em vez de uma sobra. É, sem dúvida, o caminho mais fácil, aquele de se viver sozinho, planear as tardes de Domingo ao seu agrado, o de sair com quem e onde quiser. Mas todo esse mundo pode ser também enganador, de uma felicidade aparente e um fascínio que se vem a revelar falso. Há que, por isso, tomar em atenção todos os aspetos que nos alertem para um distanciamento dos nossos, para a construção de um mundo demasiadamente próprio, isolado e só. Há que, apesar de tudo, cuidar com afeto dos que mais nos são queridos, e nunca voltar a casa sem que eles saibam o quão gostamos deles. Sim, eu sou independente. Sim, eu sou senhora do meu nariz. Mas não me esqueço de pais, amigos e familiares quando trago uma boa notícia ou quando o sol está tão bonito que me apetece ir mergulhar. Pois o que muitas vezes acontece àqueles que tanto anseiam estar sozinhos, é a solidão bater-lhes à porta e passar a fazer-lhes companhia.
Não me revejo em mais de metade dos textos românticos que já li. Das paixões contadas nas ruas. Ou, nesta nova geração, nas redes sociais. Não espero encontrar numa só pessoa tudo o que preciso para uma vida inteira. Vida essa que eu sei que irá mudar comigo. Mas, se por ocasião do destino ou até decisão dos Deuses, esse alguém tropeçar em mim na calçada e me provar ser merecedor de tal, eu sei que lhe darei o meu mundo completo. Tal e qual como ele é. Cheio das minhas inseguranças, dos meus sonhos, das minhas memórias e das minhas vitórias. Dos meus medos e derrotas. E farei questão, de todas as noites, deixar o leito cair em silêncio, olhar o corpo deitado a meu lado e contar, dos meus olhos para os seus, o quão dele eu gosto.
A noite é solitária. Mas eu não.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

As Olimpíadas de Natal

Olá pessoas.
Sabem o que é que trago hoje? Palavras, que umas acompanhadas com outras criam frases que depois acabam com um ponto qualquer.

Eu estou a escrever-vos porque alguém tem que começar a cerimónia das Olimpíadas de Natal. E agora vocês perguntam: "Oh Daniel mas o que são as Olimpíadas de Natal?".
Para já não gosto que me façam perguntas desse modo intimidatório e eu só explico se quiser ok? Não me pressionem ...

Todo o português que se preza entra nas Olimpíadas de Natal. Consiste em preparar tudo o que envolve a época natalícia (comida, presentes, adereços para a casa) a partir do dia 20 de Dezembro. A família é a equipa que se junta em prol de um objectivo: sobreviver em nome de um Natal recheado de coisas.