"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Maxi: o virar do tabuleiro


É mais uma novela que acaba: Maxi Pereira é jogador do FC Porto.

As imagens do uruguaio a chegar à concentração azul e branca na Holanda selaram qualquer dúvida. Eis que soa o alarme, o free pass para que as redes sociais emergissem com o seu livre arbítrio no uso da palavra. Este caso, ou não envolvesse dois crónicos rivais como FC Porto e SL Benfica, deixa muito para comentar visto que uns ganham um lateral que não trazia grandes amores e outros perdem uma figura que tinha 8 anos de casa e que era como um símbolo da alma da sua agora ex equipa.

O futebol traz sempre esta magia. Como dizem os ingleses "the tables have turned".
Os portistas recebem Maxi, outrora visto como alguém detestável, agressivo em demasia e "caceteiro" e passam a idolatra-lo com muitos a afirmar que agora vai mostrar a tal raça que tinha mas no dragão e sendo o dono do lado direito da defesa (ainda que não seja totalmente concensual); O Benfica que tinha em Maxi uma peça fundamental, um intocável em quem confiavam vê o uruguaio transformar-se num Judas, em alguém que facilmente esqueceu 8 anos de entrega para apenas pensar no dinheiro mesmo que isso significasse assinar por um rival.
Honras, azias e retratamentos ... foi isto que Maxi trouxe a duas nações do nosso futebol.


Como portista acho que Maxi é uma solução para um problema que emergiu. A saída de Danilo pedia alguém que pegasse de estaca no lugar vago e Maxi com a sua experiência (não falo na sua idade porque parece-se demasiado subjectivo) garante qualidade e noção do que a posição pede dele. Fui dos muitos apontar defeitos a Maxi e brinquei com o facto de a sua agressividade soar passiva ao olhos de alguns árbitros (esta é a maneira mais suave que tenho para não dizer que às vezes só dava porrada) mas acredito que ao ingressar no Porto ele possa ter uma lição do que é ser jogador desta casa. 

A raça está lá, tem de ser controlada de modo a que perceba que aqui também pode ser uma mais valia e convencer os cépticos que não o queriam desde o dia em que a sua chegada era apenas uma hipótese de mercado.
Este ano está muito em causa, a competência de um clube, a qualidade de uma equipa que ficou a seco no ano passado. Estou-me nas tintas de onde veio Maxi, o que todos os portistas querem é que ele dê tudo por esta camisola e que singre com o "2" de um outrora Jorge Costa e de um Danilo que mostrou que mesmo quem vem de fora pode sentir o Porto.


Para mim este é um capitulo fechado. Se outrora tivemos uma "maça podre" não é por ter um suposto "Judas" na equipa que Pinto da Costa irá dormir pior.






0 comentários:

Enviar um comentário