"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Palavras para quê?

Tardei mas apareci...

Também eu venho dar o meu contributo para a construção deste projecto que espero que cative a atenção e o interesse dos demais leitores da mesma maneira que entusiasma a quem o trabalha.

Muita gente já deve ter utilizado a expressão, "palavras para quê?"
Após ler alguns dos textos iniciais dos meus companheiros fiquei a pensar sobre o que disseram
acerca da liberdade de expressão e tenho de concordar, é quase que um "bem essencial" que nos faz sentir bem e mais soltos, como tal, pretendo utiliza-lo! Há uns dias perguntei ao "headmaster" do projecto, Daniel, de que tipo de coisas podia escrever, se podia escrever de tudo... Apesar de reticente, a resposta foi afirmativa. (Vamos ver se ele não se vem a arrepender disso =D )

Podia vir a especializar-me a escrever de desporto, politica ou até dos gajinhos da casa dos segredos, mas a verdade é que num dia estou com a cabeça virada para um lado e no outro esse assunto já não me interessa, por isso prefiro vir para aqui e escrever o que bem me der na cabeça, não esperem palavras eloquentes ou bem formadas porque no fundo sou um simples português, não esperem muito de mim!

Este último parágrafo serve de introdução à minha primeira crónica: "O complexo português"

O complexo português baseia-se na dupla personalidade que um português tem dentro e fora da sua terra.
É comum quando vemos algo de errado na rua (Ex: alguém a deitar papéis para o chão) dizermos "Vê-se logo que é português, na (nação conceituada estrangeira) deitavam num caixote", ou então se vemos algo de errado como corrupção, pobreza, etc. dizermos "Só em Portugal".
A verdade é que quando cá estamos desvalorizamos tudo em nós, quase como se não fizessemos parte do grupo a que nos referimos, desvalorizámos os nossos hábitos, desvalorizámos o Tony Carreira, etc.

Mas já alguém viu os portugueses depois de saírem de cá?

Chegam a França e para se reconhecer um bairro português, basta ter os ouvidos abertos, as mulheres a fazerem a lida da casa e a ouvirem o Tony a altos berros como se ele fosse a pop star actual dos EUA, os homens no tasco a gabarem-se aos marroquinos da quantidade de coisas que Portugal tem, durante o tempo frio exaltam as praias e o clima português...

Este fenómeno acontece não só a nível nacional, mas também a nível local... O pessoal de Ermesinde por exemplo queixa-se que "somos pequeninos, já não há sítios novos para ver,etc." mas quando descobrem o degredo que são outras cidades de tamanho equiparado ao nosso... É caso para pensar...

Pedro Oliveira

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