Vivemos
numa sociedade reservada, posso dizer até que contrafeita. Muito embora surjam
dela alguns homens que negam tal descrição e que afirmam piamente a existência
de uma mudança. Bem, eu ainda não denotei qualquer passo desta.
Na
nossa sociedade, existe a complexa tarefa em coordenar duas ideias básicas de
convivência num grande grupo de seres humanos distintos: a coerência e a noção
de consequência. A culpa, essa corresponde somente a cada um de nós, os ditos
seres humanos capazes de proclamar princípios tão claros e fundamentais. Deste
modo, é também de salientar a ausência de determinação e de coragem para «remar contra a maré» monótona e comum,
principalmente difícil para os mais jovens, que a vêem como estagnada, para a
qual não vale a pena tentar enfrentar correntes e revelar ideias diferentes.
Pois bem, após isto, eu continuo a considerar que é importante uma progressiva
mudança de mentalidades. Secalhar a louca sou eu! E alterar os princípios da
mentalidade não é mudar a cor dos bancos do jardim, mas sim, passo a passo,
reconstruí-lo, para que não existam resquícios do passado.
Assim,
não admira que muitos seres da nossa sociedade ponham em causa a sua
responsabilidade perante cada fenómeno, desastre, ou acontecimento importante nas
diferentes áreas. Essa maioria ainda não entendeu que, num grupo, quando um
elemento adoece, o seu vírus torna-se um perigo para os restantes e que é das
suas responsabilidades o estado de saúde de todo o grupo. Tudo o que se sucede
na nossa sociedade: perturbações sociais, marginalização, desrespeito pela
própria natureza… é exclusivamente devido às acções de cada um, não estando
nós, então, suficientemente capazes de julgar o que acontece à nossa volta, nem
tão pouco ilibados de qualquer punição.
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