"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

domingo, 9 de setembro de 2012

“Pedro” e o Facebook



E depois do discurso ... o pedido de desculpas de Passos Coelho. Sim, o homem que na sexta feira passada antes de Portugal ter “jogado” (eu ponho entre aspas porque aquilo não foi bem jogar ...) frente ao Luxemburgo fez o anúncio de mais austeridade para o país utilizou o Facebook para se mostrar solidário com os portugueses, tanto que até nos apelidou de “amigos” (vêm a fraternidade do nosso primeiro ministro?).
Na rede social, Pedro (como assinou no fim) explicou que foi «ingrato» ter de fazer aquele discurso, dirigindo-se aos portugueses não como político mas como «cidadão e pai» ... tenho é pena é que mesmo assim não apreciamos muito os cortes, mesmo que quando ele escreveu não fosse “político”.
Retirei esta frase em particular “Não era o que gostaria de poder vos dizer, e sei que não era o que gostariam de ouvir.” Será mesmo verdade? Existirá um político com remorsos? Eu acho que não, que foi apenas um contratempo, até porque Portugal venceu o Luxemburgo. Não perceberam? Ok, eu explico. Nós ouvíamos as balelas e descarregávamos no Cristiano Ronaldo. Como não funcionou, toca a fazer um “mea culpa” à nação.

E não há melhor sítio para pedir desculpas do que o Facebook. O local onde tudo acontece e é dito, desde fotos completamente estúpidas a comentários absolutamente parvos onde cada amostra de aparente sabedoria e bem estar é logo estragada ou com comentários ou imagens parvas. “Pedro” lá o fez e como resultado de tentar mostrar o seu lado mais humano levou com milhares de ‘comments’ alguns bastante, como hei-de explicar isto, elucidativos do que os portugueses pensavam dele e do actual momento do país.

Agora há que ser directo. Não dá para ter duas caras e não dá para pôr paninhos quentes. Não se pode roubar e dizer depois “desculpa mas a tua luta é para o bem do país”, não é justo vir a plenos pulmões dizer que só vão pedir sacrifícios uma vez e mal a troika aparece tudo treme e voltamos a sofrer, não é correcto andarmos de peito feito perante a Europa sustentado o estandarte como se estivéssemos no fim da guerra sãos e salvos ... Portanto sr. “Pedro”, tenha mais juízo e olhe por nós portugueses que sustentamos o seu governo, porque pelo andar da carruagem a indignação poderá ter resultados práticos ...

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