Ao assistir à última rúbrica do
professor Marcelo Rebelo de Sousa só me ocorreu pensar em quão cosmopolita
Portugal se irá tornar em breve! Passo a explicar…
Doravante,
diversos grupos estrangeiros estão a começar a comprar Portugal, ou seja, os
brasileiros estão interessados na Cimpor (grão a grão enche a galinha o papo,
por isso, poderão vir a controlar uma rede de construção em Portugal); os
angolanos querem cada vez mais tomar conta da Comunicação Social; os chineses,
que já acabaram com imensos pequenos negócios, estão a deitar-se à EDP e quiçá
avançarão por aí adentro, de modo a ter contato com a ocidentalidade. Isto já
para não voltar a falar dos brasileiros que, não tardará muito, reverterão os
papéis e passarão a perna a este pequeno país “à beira mar plantado” ao
tornarem-se uma nova potência.
Mais
me parece que este será um Portugal de todos. E logo nós que em tempos tivemos
Salazar a fechar portas aos estrangeiros, vemos que em breve os nossos filhos
terão de aprender a falar chinês para conseguirem arranjar emprego. E, em jeito
de conclusão, deixo em aberto a seguinte questão: e a nossa empregabilidade?
PS: não aborda qualquer tipo de
sentimento racista. É apenas um pequeno texto que fala de quão o destino pode
ser irónico e das voltas que o mundo dá. E, para os mais cultos, é também um
texto que pretende pôr a pensar no que nos acontecerá, enquanto Estado, com as
sucessivas compras do que português. Por alguma razão, a palavra “todos” no
título tem a inicial maiúscula.
1 comentários:
Sempre fomos um povo permeável e isso agora é evidente quando não conseguimos manter a nossa independência e passámos a ser aquilo que os outros querem que sejamos e não a imagem do que já fomos.
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