"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sábado, 12 de novembro de 2011

Quando a Europa se viu grega …


“Ufa já passou, mas valeu pelo susto” … era este o sentimento dos líderes europeus (e de Durão Barroso) quando souberam do passo atrás do governo grego no que toca ao referendo. Sim, a Grécia queria pôr nas mãos dos seus contribuintes a escolha de aceitar ou não a ajuda europeia, o que levou a que o ‘velho continente’ tenha sido visto com descrédito. Graças a George Papandreou (agora ex-primeiro ministro grego) e a versão deles do Fernando Mendes que é o ministro das Finanças (Evangelos Venizelos) pôs-se a hipótese dos gregos saírem da UE, coisa que assustou os portugueses, porque sejamos francos, a gente podia ser a seguir na linha …

Os gregos são esquisitos: depois de ter ganho o Euro 2004 (que só por isso já mereciam estar na miséria) agora ameaçavam abandonar o barco quando estamos no meio da tempestade e a água até está fria para um banho …
Outra coisa que eu não entendo é a casmurrice deles, quer dizer, quando até estavam dispostos a reduzir-lhes a dívida em 50 % amuaram e queriam sair. Faz lembrar aquele miúdo a quem a gente não dá o chocolate à primeira e quando volta a tentar, ele faz pirraça e ameaça fazer algo estúpido.

Da Alemanha o aviso é claro para esta nova fase da Grécia: ou aplica as reformas económicas ou abandona a moeda única. Para grego entender é como se Zeus se zangasse por terem posto a lavar a nuvem preferida dele e agora acabaram-se as dádivas … esta ideia de fazer o referendo parece-me uma tentativa desesperada para fazer algo que prejudicasse os seus contemporâneos (lembrei-me logo que isto podia afectar Portugal por razões óbvias …).

Para terminar um ponto que não podia deixar de destacar: a saída de Sílvio Berlusconi.
A Itália perdeu um mulherengo, um homem frontal e sem papas na língua, alguém que tem olho para os escândalos e que (de vez em quando) também era primeiro-ministro. 
Arriverderci amico mio.

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