Não houve acordo para a Salvação Nacional, a palavra
era de Cavaco Silva. Muitos ainda acreditavam na solução de eleições
antecipadas, a maneira de o Presidente da República sair por cima quando a sua
solução de reunir os partidos falhou redondamente ...
O relógio marcava 20:30h e eis Cavaco e de olhar
convicto perante os jornalistas fez o que melhor sabe: engonhou ... falou de
tudo e mais alguma coisa mas teimava em não chegar ao ponto que os portugueses
mais queriam. Até que quase 10 minutos
depois ele afirma : “considero que a melhor solução alternativa é a
continuação em funções do atual Governo, com garantias reforçadas de coesão e
solidez da coligação partidária até ao final da legislatura”.
Ficava quase a ideia do ridículo. Ali estava o Presidente a dar a
continuidade a um Governo que semanas antes tinha visto Gaspar e Portas bater
com a porta (o último arrependeu-se) e que criou uma crise política. Mas claro
que tinha que ter argumentos para defender Passos & Cia ... “Dispondo o
Executivo do apoio de uma maioria parlamentar inequívoca, como recentemente se
verificou, deve ficar claro, aos olhos dos Portugueses e dos nossos parceiros
europeus, que Portugal é um país governável” ... exato, faz todo o sentido,
pelo menos a Cavaco. Até porque quem governa neste momento não parece estar de
boa saúde. È a segunda chance do casal Passos/Portas que agora têm tudo para reformular
a sua equipa e têm que agradecer ao “pai” Cavaco Silva.
Mas (e para finalizar) Cavaco Silva tinha de dar o seu toque. E como? “Por
último, quero afirmar aos Portugueses que, se o atual Governo se mantém em
plenitude de funções, o Presidente da República nunca abdicará de nenhum dos
poderes que a Constituição lhe atribui”. Faz lembrar Santana Lopes que dizia
que “andaria por aí” ...
Sinceramente o nosso Presidente da República foi cobarde, teve medo de entregar o poder democrático a quem realmente o tem. O país tem que ser governado primero dentro para depois mostrarmos resultados à Europa e não mostrarmos uma fotografia que tapa o olho da câmara que nos vigia ...
Sinceramente o nosso Presidente da República foi cobarde, teve medo de entregar o poder democrático a quem realmente o tem. O país tem que ser governado primero dentro para depois mostrarmos resultados à Europa e não mostrarmos uma fotografia que tapa o olho da câmara que nos vigia ...
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