"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

domingo, 27 de outubro de 2013

“Não é assim tia, é .com”



-Diz a Raquel com 4 anos.
Ela liga o meu portátil que está pousado na mesa e ignora o peluche que está pousado no chão. “Eles agora nascem ensinados”, é o que se ouve dos mais velhos quando tentam levar o seu futuro a passear pelo parque. E que futuro é este? Saborear é para os antigos. Alguns nem comem sem algo com wireless a brilhar ao lado do prato da sopa. Que ligação sem fios é esta dos miúdos à tecnologia? Foram só nos anos 90 que nasceram crianças com vontade de andar de bicicleta? Eu dava voltas ao quarteirão para ganhar à minha prima que conseguia dar sempre mais uma volta que eu. Por incrível que pareça não tínhamos telemóveis e encontrávamo-nos sempre ao sábado às 15 horas em frente ao pátio que ficava ao lado do trabalho das nossas mães. Jogávamos futebol com os rapazes e ainda inventamos um jogo chamado “aventuras” em que tínhamos de saltar muros e escadas mais altas que nós. O objetivo era bater o recorde mas acabávamos por ficar a ver quem é que se aleijava primeiro.
Quando havia um sábado chuvoso íamos para casa dela fazer batidos de chocolate, ou como dizia a minha tia, destruir a cozinha. Era assim … e a única luz que brilhava não vinha de um ecrã, mas sim da lanterna do avô que ligávamos com medo do escuro.
E eu penso: porque é que a Raquel não prefere essa luz ou dar voltas ao quarteirão ou elaborar planos para ir para o outro lado do pátio brincar sem ninguém a ver?
Queria que ela continuasse a saber tudo mas que acabasse por decidir ser criança em vez de me explicar que o site acaba em “.com”.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Machete, a cara da impunidade

Rui Machete pediu desculpa a Angola (apesar de nada do que o documento onde se baseou apontasse quaisquer nomes daquele país), mentiu ao Parlamento, mais propriamente à Comissão Parlamentar, faz parte de uma evasão fiscal e com a sua atitude mostra a suspensão da separação de poderes em Portugal.

O que é que Passos Coelho tem a dizer sobre isto? "Não há nada de grave no comportamento de Rui Machete". 
Ah, está bem ... e então demiti-lo? "Não há, na crítica que lhe foi dirigida nada de grave que me levasse a aceitar uma circunstância destas”.

Caros amigos, isto é Portugal. O local onde se está sem rei nem roque e onde tudo é passível de acontecer na alta estrutura governamental sem que seja alvo de punição.
O que Rui Machete fez foi gravíssimo para o nosso país, pondo em causa uma coisa tão sagrada como deveria ser o Segredo de Justiça. Este homem cometeu um crime ocultando informações à Comissão Parlamentar e ainda é ministro. O grau de impunidade é elevadissímo e não dá para entender.

sábado, 5 de outubro de 2013

Life it's a lot like a show

Life it's a lot like a show if you think about it.

Picture the day of when you were born like the moment when the courtains rise in a theatre. There you are, the star of the stage, the main atraction.

After that comes the learning stage of your character, the time you understand the basics and as time goes by you came along your own choices, the wrights and the wrongs, the good and the bad ... in other words, the simplisity of life.

Then its time to encounter the real world, the moment you begin to live without the flufly pilow that you had beneath you when the show started. You meet people, you make friendships (and some enemies, because it's part of the package), good moments, a "second family", you smile, you play, you learn the beauty of life and you just can't let go of it ...
Act after act you have a new adventure, a new challenge that you either love or hate, but it's live, you won't be able to rewind it and do it again. During the process (who knows) you found a different kind of atraction thay you just can't shake of.