Filipa Alves: Um bom ano, não só aos
leitores do 'Crónicas' mas também aos que ainda irão ser e aos leitores
em geral. A todos aqueles que apreciam a leitura e que não dispensam um
bom livro, seja lido num iPad ou envolto em papel e numa capa dura. O
que importa é a força das palavras. Troquem-nas sem limite e quando já
não houver voz, apontem-nas e ofereçam-nas. Façam alguém feliz. Que o
próximo ano seja assim, um ano feliz.
Pedro Oliveira: Da
minha parte como membro do Crónicas em Branco gostaria de desejar a
todos os seguidores do nosso blog uma feliz passagem de ano, que
estabeleçam muitas metas a atingir para 2014 e que uma a uma se dediquem
a cumprir de modo a que seja mais um ano de igual ou maior sucesso que
este que agora finda. Feliz 2014!
Fábio Silva: Não sei se é por causa de
estar crescido, mas os anos parecem passar cada vez mais rápido. No
entanto, neste curto tempo (o que são 365 dias afinal?), muito se
passou. Eu, tu, ele, nós, vocês e eles… Cada um com momentos
importantes, bons ou maus, passados durante 2013.
Quero agradecer a todos aqueles que melhoram os meus dias e que me dão
motivos para acreditar que, apesar de todas as dificuldades que vivemos,
há sempre motivos para me levantar todos os dias na esperança de um
futuro melhor. Por isto, desejo que 2014 consiga ser melhor e que novas e
melhores portas se abram para todos nós, onde quer que vivamos e
independentemente de onde somos, como somos e que escolhas fazemos para
sermos felizes. A todos, um bom ano de 2014!
Ania Santos: É tempo de elaborar novas
metas para este ano que se inicia… Não posso dizer que costumo cumprir
tudo a que me proponho nesta altura do ano, aliás, pouco chego a
realizar e, portanto, neste ano decidi não desejar ir á lua, escalar uma
montanha ou virar estrela de cinema. Não, para o próximo ano, só coisas
exequíveis! Assim sendo, desejo que o Crónicas em Branco receba muitas
publicações, mais comentários e que se torne num blog de referência.
Desejo que a minha vida pessoal melhore a todos os níveis e que a
pontinha de sorte que não me tem acompanhado volte a brilhar no novo
ano. Last but not least, desejo que o fundador do Crónicas em Branco,
Daniel Teixeira, comece a ter um bocadinho de piada. Oh bolas, lá estou
eu a pedir de mais…
Rute Rita Maia: Em 2013 aconteceu-nos de
tudo. Este foi o ano em que se elegeu um novo Papa. Foi o ano do Swag e
do Twerk. O ano em que a luz ficou mais cara, e talvez por isso, eu não
vi muito bem o porquê de Portugal ter ganho, de repente, um vice
primeiro-ministro. Foi o ano em que o coelhinho nos voltou a trocar os
passos, ao deixar-nos no cestinho mais impostos, em vez de ovinhos de
chocolate (valha-nos o Tribunal Constitucional!). O ano em que Paul
Walker, tão querido entre o sexo feminino, abandonou as estradas de
Hollywood, e com ele, outras estrelas passaram a iluminar-nos lá de
cima. Outras reformaram-se, como o caso recente do nosso amigo Bieber.
Culturas à parte, 2013 foi um ano rico em acontecimentos, repleto das
mais variadas emoções. Para uns 13 de sorte, para outros de azar. Para
mim, foi o ano em que atingi a idade (aos olhos da lei) adulta, e
concretizei o que de mais esperado pode haver na vida de um estudante: a
entrada na Universidade (resta saber quando é que de lá vou sair...).
Por isso, com tanta coisa no «entretanto», só me resta esperar de 2014
mais e melhores aventuras. Mais surpresas. Mais notícias. E mais
polémicas, quer por este Portugal fora, quer no mundo, com que eu e os
meus colegas aqui do Crónicas possamos “gozar”. Quer dizer, trabalhar.
Desejo um excelente ano a todos os nossos leitores – e mesmo àqueles
rezingões que não passam por cá – e espero que quem nos visita, continue
a fazê-lo mesmo nos dias mais cinzentos. E já agora, se não for pedir
muito, traga consigo um ou dois amigos, para trocarmos de opinião. Haja
saúde, e claro, façam o favor de serem felizes!
Daniel André Teixeira: Neste ano que termina decerto todos choramos, rimos, acreditamos, desafiamos, contrariámos, enfim, vivemos. Em 2014 o mote terá de ser o mesmo, apesar de ter exactamente os mesmos 12 meses de duração (eu sei, spoiler alert!). O que eu desejo a todos para 2014 é que não se deixem limitar. Não deixem projectos na gaveta, não calem uma voz que pode ser bem aquela que revoluciona toda uma situação. Num mundo (e mais concretamente num país) como aquele que temos, é fulcral que sejamos activos e que a nossa veia artística esteja na mó de cima. As nossas idiossincrasias são aquilo que nos define, não as devemos perder. Em 2014 não percas o rumo que queres da tua vida.
Quanto ao ilustre público do Crónicas em Branco uma promessa: fiquem por aí, porque este ano vai ser qualquer coisa de extraordinário...
(Ah, e se fosse possível, gostaria que em 2014 o FC Porto jogasse futebol, e não aquilo que anda a fazer em campo ...).
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Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...
Como um canto longínquo - triste e lento-
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
Antero de Quental, in "Sonetos"
O que se pode reter disto? Bem é
mais um inbroglio de quem nos governa que anda a esticar a corda e mesmo assim
não se escapa de fazer trapalhada perante a Europa, expondo-nos a um possivel
resgate (de novo).
Mas atenção, nem tudo é negativo. Há toda uma
máquina de originalidade que parece que se instala neste momento, e para onde
quer que olhemos ficamos espantados, as vezes até rendidos a essa mesma
originalidade. Convido-o assim, leitor deste espaço, a vir comigo e explorar
este bonito mundo da propaganda política do nosso belo Portugal, mas aperte o
cinto, que o blog não tem seguro contra politiquices.
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"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."(E.L. Doctorow)
"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."(Nathaniel Hawthorne)
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Olhares
Caminho à beira-mar. O vento está forte e as ondas agitadas. Apesar de agasalhado, o frio teima em quebrar a barreira que o separa do meu corpo. Felizmente, não tarda a que esteja sentado numa gelataria, quente e confortável. Enquanto espero por um delicioso crepe com chocolate, algo me cativa por momentos: um olhar.
Naquele momento, arrisco-me a dizer que nenhum chocolate do mundo conseguiria superar a doçura daquele olhar. Nem a sua intensidade ou beleza. Apesar de não ter uma grande experiência de vida (tenho apenas 21 anos), acredito nunca ter visto algo tão belo como aquele olhar.
Dizem que os olhos são o espelho da alma. Confesso que nunca dei importância ao que tal frase poderia significar e, durante a minha vida, passei por uma diversidade de olhares. Já os vi transparecer felicidade, tristeza, arrependimento, cansaço, força, energia... No entanto, os olhos que me fitavam mostravam algo diferente: amor, ternura e paixão.
A verdade, é que já passaram alguns anos desde que vi os seus olhos pela primeira vez. Apesar de todo o tempo decorrido entre esse dia e este, continuo imerso neles e estou eternamente agradecido por ser merecedor de todas as coisas magníficas que esse olhar me faz sentir sempre que o vejo.
Fábio Silva
sábado, 21 de dezembro de 2013
Sozinha, mas não só
Desde os tempos mais remotos da minha adolescência que
ouço dizer que o sexo masculino tem medo de mulheres independentes. É como que
elas desafiassem a autoestima deles; pois lhes é difícil admitir que exista
neste mundo alguma mulher capaz de viver tão ou mais feliz sem eles do que na
sua companhia. Então, desde esses mesmos tempos que prometi a mim mesma ser uma
dessas mulheres. Invejo com admiração as que não se deixam levar pelos cânticos
mais ousados. As que não seguem estereótipos e permanecem fiéis a si mesmas e
aos seus desejos. As que não se vê nelas uma pinta de solidão ou falta de alguma
coisa. As que pisam o chão firme com mais firmeza ainda. Que se destacam no
meio de uma multidão pelo que fazem e por o que são.
Prometi a mim mesma ser capaz de construir relações
que não só preenchessem todos os campos da minha afetividade (tão ou mais
exigente do que a de uma mulher casada), mas também, que me ensinassem a cuidar
de mim, só de mim, sem me preocupar com as satisfações que me viessem pedir. Ficar
sozinha não me assusta, se eu souber aquilo que me faz feliz. Que me vai fazer
sentir especial, em vez de uma sobra. É, sem dúvida, o caminho mais fácil,
aquele de se viver sozinho, planear as tardes de Domingo ao seu agrado, o de
sair com quem e onde quiser. Mas todo esse mundo pode ser também enganador, de
uma felicidade aparente e um fascínio que se vem a revelar falso. Há que, por
isso, tomar em atenção todos os aspetos que nos alertem para um distanciamento
dos nossos, para a construção de um mundo demasiadamente próprio, isolado e só.
Há que, apesar de tudo, cuidar com afeto dos que mais nos são queridos, e
nunca voltar a casa sem que eles saibam o quão gostamos deles. Sim, eu sou independente.
Sim, eu sou senhora do meu nariz. Mas não me esqueço de pais, amigos e familiares
quando trago uma boa notícia ou quando o sol está tão bonito que me apetece ir
mergulhar. Pois o que muitas vezes acontece àqueles que tanto anseiam estar
sozinhos, é a solidão bater-lhes à porta e passar a fazer-lhes companhia.
Não me revejo em mais de metade dos textos românticos
que já li. Das paixões contadas nas ruas. Ou, nesta nova geração, nas redes
sociais. Não espero encontrar numa só pessoa tudo o que preciso para uma vida
inteira. Vida essa que eu sei que irá mudar comigo. Mas, se por ocasião do
destino ou até decisão dos Deuses, esse alguém tropeçar em mim na calçada e me
provar ser merecedor de tal, eu sei que lhe darei o meu mundo completo. Tal e
qual como ele é. Cheio das minhas inseguranças, dos meus sonhos, das minhas
memórias e das minhas vitórias. Dos meus medos e derrotas. E farei questão, de
todas as noites, deixar o leito cair em silêncio, olhar o corpo deitado a meu
lado e contar, dos meus olhos para os seus, o quão dele eu gosto.
A noite é solitária. Mas eu não.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
As Olimpíadas de Natal
Olá pessoas.
Sabem o que é que trago hoje? Palavras, que umas acompanhadas com outras criam frases que depois acabam com um ponto qualquer.
Eu estou a escrever-vos porque alguém tem que começar a cerimónia das Olimpíadas de Natal. E agora vocês perguntam: "Oh Daniel mas o que são as Olimpíadas de Natal?".
Para já não gosto que me façam perguntas desse modo intimidatório e eu só explico se quiser ok? Não me pressionem ...
Todo o português que se preza entra nas Olimpíadas de Natal. Consiste em preparar tudo o que envolve a época natalícia (comida, presentes, adereços para a casa) a partir do dia 20 de Dezembro. A família é a equipa que se junta em prol de um objectivo: sobreviver em nome de um Natal recheado de coisas.
Sabem o que é que trago hoje? Palavras, que umas acompanhadas com outras criam frases que depois acabam com um ponto qualquer.
Eu estou a escrever-vos porque alguém tem que começar a cerimónia das Olimpíadas de Natal. E agora vocês perguntam: "Oh Daniel mas o que são as Olimpíadas de Natal?".
Para já não gosto que me façam perguntas desse modo intimidatório e eu só explico se quiser ok? Não me pressionem ...
Todo o português que se preza entra nas Olimpíadas de Natal. Consiste em preparar tudo o que envolve a época natalícia (comida, presentes, adereços para a casa) a partir do dia 20 de Dezembro. A família é a equipa que se junta em prol de um objectivo: sobreviver em nome de um Natal recheado de coisas.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Nocturno
Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...
Como um canto longínquo - triste e lento-
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
Antero de Quental, in "Sonetos"
domingo, 3 de novembro de 2013
Treinadores de café
Decidi sair do conforto do meu sofá e voltar a ver um jogo num café.
Saí de lá com duas conclusões:
1. O Porto continua a arrastar-se em campo;
2. Portugal tem excelentes treinadores de café;
E o que é um treinador de café, perguntam vocês? Bem, eu tenho o gosto de vos explicar todo este fenómeno.
Ao contrário de um treinador de bancada, este não vai ao estádio, dirige-se a um café, pronto a largar toda a sua sabedoria enquanto molha o bico numa cerveja e enfarda tremoços.
Um treinador de café está atento a tudo ... que seja negativo na sua equipa. Durante 90 minutos, a equipa que supostamente gosta é uma valente treta e miséria até ao fim. Caso ganhe no fim é porque "pronto, lá conseguiram qualquer coisa" (nota importante: esta permissa é válida num 1-0 ou num 5-0).
Saí de lá com duas conclusões:
1. O Porto continua a arrastar-se em campo;
2. Portugal tem excelentes treinadores de café;
E o que é um treinador de café, perguntam vocês? Bem, eu tenho o gosto de vos explicar todo este fenómeno.
Ao contrário de um treinador de bancada, este não vai ao estádio, dirige-se a um café, pronto a largar toda a sua sabedoria enquanto molha o bico numa cerveja e enfarda tremoços.
Um treinador de café está atento a tudo ... que seja negativo na sua equipa. Durante 90 minutos, a equipa que supostamente gosta é uma valente treta e miséria até ao fim. Caso ganhe no fim é porque "pronto, lá conseguiram qualquer coisa" (nota importante: esta permissa é válida num 1-0 ou num 5-0).
domingo, 27 de outubro de 2013
“Não é assim tia, é .com”
-Diz a Raquel com 4 anos.
Ela liga o meu portátil que está pousado na mesa e ignora o peluche que está pousado no chão. “Eles agora nascem ensinados”, é o que se ouve dos mais velhos quando tentam levar o seu futuro a passear pelo parque. E que futuro é este? Saborear é para os antigos. Alguns nem comem sem algo com wireless a brilhar ao lado do prato da sopa. Que ligação sem fios é esta dos miúdos à tecnologia? Foram só nos anos 90 que nasceram crianças com vontade de andar de bicicleta? Eu dava voltas ao quarteirão para ganhar à minha prima que conseguia dar sempre mais uma volta que eu. Por incrível que pareça não tínhamos telemóveis e encontrávamo-nos sempre ao sábado às 15 horas em frente ao pátio que ficava ao lado do trabalho das nossas mães. Jogávamos futebol com os rapazes e ainda inventamos um jogo chamado “aventuras” em que tínhamos de saltar muros e escadas mais altas que nós. O objetivo era bater o recorde mas acabávamos por ficar a ver quem é que se aleijava primeiro.
Ela liga o meu portátil que está pousado na mesa e ignora o peluche que está pousado no chão. “Eles agora nascem ensinados”, é o que se ouve dos mais velhos quando tentam levar o seu futuro a passear pelo parque. E que futuro é este? Saborear é para os antigos. Alguns nem comem sem algo com wireless a brilhar ao lado do prato da sopa. Que ligação sem fios é esta dos miúdos à tecnologia? Foram só nos anos 90 que nasceram crianças com vontade de andar de bicicleta? Eu dava voltas ao quarteirão para ganhar à minha prima que conseguia dar sempre mais uma volta que eu. Por incrível que pareça não tínhamos telemóveis e encontrávamo-nos sempre ao sábado às 15 horas em frente ao pátio que ficava ao lado do trabalho das nossas mães. Jogávamos futebol com os rapazes e ainda inventamos um jogo chamado “aventuras” em que tínhamos de saltar muros e escadas mais altas que nós. O objetivo era bater o recorde mas acabávamos por ficar a ver quem é que se aleijava primeiro.
Quando havia um sábado chuvoso íamos para casa dela fazer
batidos de chocolate, ou como dizia a minha tia, destruir a cozinha. Era assim …
e a única luz que brilhava não vinha de um ecrã, mas sim da lanterna do avô
que ligávamos com medo do escuro.
E eu penso: porque é que a Raquel não prefere essa luz ou
dar voltas ao quarteirão ou elaborar planos para ir para o outro lado do pátio
brincar sem ninguém a ver?
Queria que ela continuasse a saber tudo mas que acabasse por decidir ser criança em vez de me explicar que o site acaba em “.com”.
Queria que ela continuasse a saber tudo mas que acabasse por decidir ser criança em vez de me explicar que o site acaba em “.com”.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Machete, a cara da impunidade
Rui Machete pediu desculpa a Angola (apesar de nada do que o documento onde se baseou apontasse quaisquer nomes daquele país), mentiu ao Parlamento, mais propriamente à Comissão Parlamentar, faz parte de uma evasão fiscal e com a sua atitude mostra a suspensão da separação de poderes em Portugal.
O que é que Passos Coelho tem a dizer sobre isto? "Não há nada de grave no comportamento de Rui Machete".
Ah, está bem ... e então demiti-lo? "Não há, na crítica que lhe foi dirigida nada de grave que me levasse a aceitar uma circunstância destas”.
Caros amigos, isto é Portugal. O local onde se está sem rei nem roque e onde tudo é passível de acontecer na alta estrutura governamental sem que seja alvo de punição.
O que Rui Machete fez foi gravíssimo para o nosso país, pondo em causa uma coisa tão sagrada como deveria ser o Segredo de Justiça. Este homem cometeu um crime ocultando informações à Comissão Parlamentar e ainda é ministro. O grau de impunidade é elevadissímo e não dá para entender.
O que é que Passos Coelho tem a dizer sobre isto? "Não há nada de grave no comportamento de Rui Machete".
Ah, está bem ... e então demiti-lo? "Não há, na crítica que lhe foi dirigida nada de grave que me levasse a aceitar uma circunstância destas”.
Caros amigos, isto é Portugal. O local onde se está sem rei nem roque e onde tudo é passível de acontecer na alta estrutura governamental sem que seja alvo de punição.
O que Rui Machete fez foi gravíssimo para o nosso país, pondo em causa uma coisa tão sagrada como deveria ser o Segredo de Justiça. Este homem cometeu um crime ocultando informações à Comissão Parlamentar e ainda é ministro. O grau de impunidade é elevadissímo e não dá para entender.
sábado, 5 de outubro de 2013
Life it's a lot like a show
Life it's a lot like a show if you think about it.
Picture the day of when you were born like the moment when the courtains rise in a theatre. There you are, the star of the stage, the main atraction.
After that comes the learning stage of your character, the time you understand the basics and as time goes by you came along your own choices, the wrights and the wrongs, the good and the bad ... in other words, the simplisity of life.
Then its time to encounter the real world, the moment you begin to live without the flufly pilow that you had beneath you when the show started. You meet people, you make friendships (and some enemies, because it's part of the package), good moments, a "second family", you smile, you play, you learn the beauty of life and you just can't let go of it ...
Act after act you have a new adventure, a new challenge that you either love or hate, but it's live, you won't be able to rewind it and do it again. During the process (who knows) you found a different kind of atraction thay you just can't shake of.
Picture the day of when you were born like the moment when the courtains rise in a theatre. There you are, the star of the stage, the main atraction.
After that comes the learning stage of your character, the time you understand the basics and as time goes by you came along your own choices, the wrights and the wrongs, the good and the bad ... in other words, the simplisity of life.
Then its time to encounter the real world, the moment you begin to live without the flufly pilow that you had beneath you when the show started. You meet people, you make friendships (and some enemies, because it's part of the package), good moments, a "second family", you smile, you play, you learn the beauty of life and you just can't let go of it ...
Act after act you have a new adventure, a new challenge that you either love or hate, but it's live, you won't be able to rewind it and do it again. During the process (who knows) you found a different kind of atraction thay you just can't shake of.
domingo, 22 de setembro de 2013
Rescuing Portugal, part 2
Não é um blockbuster de final de Verão, mas não
deixa de ser um filme tremendo para todos os portugueses.
Parece que não há volta a dar, tudo indica que vem ai um segundo resgate para Portugal mesmo com o Governo a querer mostrar que isso não será preciso.
Parece que não há volta a dar, tudo indica que vem ai um segundo resgate para Portugal mesmo com o Governo a querer mostrar que isso não será preciso.
David Schnautz, do Commerzbank, disse ao Económico que
o próximo passo do nosso país (no primeiro trimeste de 2014) será mesmo uma operação
de troca de dívida, a mesma opção que foi tomada no final do ano passado. A
mesma opinião têm multiplos analistas económicos de outros países que por vezes
até referem um antigo “amigo” nosso neste aspecto económico: a Grécia.
Ainda assim, eis que o Governo entra em acção com 3 intervenientes. Poiares Maduro garantiu que o atual Governo tem feito de tudo para evitar tal situação, Paulo Portas afirmou que já batemos no fundo e agora estamos a subir a escada para regressarmos ao topo e mais recentemente Passos Coelho foi frontal com a sua ideia: diz que cortes nas pensões são decisivas para evitar segundo resgate.
O que se pode reter disto? Bem é
mais um inbroglio de quem nos governa que anda a esticar a corda e mesmo assim
não se escapa de fazer trapalhada perante a Europa, expondo-nos a um possivel
resgate (de novo).
Portugal chega a ser mais triste que o Titanic: O navio foi ao fundo e eles só
foram lá resgatar o pessoal uma vez; nós se calhar ainda precisamos de mais
umas tentativas.
Mas atenção ao facto de invocarem a Grécia, isso é jogar feio. Então eles não têm lá as coisas deles? Não somos “especiais” e “bajuladores” da Europa suficientemente bons para irmos ao fundo com classe? Nós até temos pessoas como Rui Machete e Maria Luis Albuquerque no Governo, isso não chega para sermos únicos?
Uma coisa é certa e tenho de tirar o chapéu ao Governo. É graças a ele que vou aprendendo umas coisas sobre economia ... é com tanta polémica, desvio e escândalos que fui “obrigado” a saber o que era uma Swap, o que era um resgate económico ... um professor destes não se paga (ah, esperem, esqueci-me dos impostos ... ok, o pessoal paga-lhe e bem) ...
Se vamos ser alvo de um segundo resgate no início de 2014? Não sabemos ao certo, mas com “picardias” sem sentido como a perseguição ao Tribunal Constitucional e com medidas drásticas a quem pouco já tem parece-me exagerado e não deve ser o melhor caminho. Continuamos na “estrada” económica e enquanto uns juram a pés juntos que ainda há caminho, outros já vêem (de novo) a parede que nos vai fazer sofrer.
Quase que aposto que visto do espaço no pequeno rectangulo que é Portugal deve ler-se “Help!”.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
A Silly-Season das Autárquicas
É impossível escapar. Um alien podia aterrar em
qualquer parte de Portugal e percebia logo que estavamos em ano de
Autárquicas. Imaginem aquela praga de mosquitos que afectou o Algarve este Verão
... é basicamente o mesmo.
Vamos começar pelos nomes.
Quem nunca sonhou que o Presidente da sua Junta se chamasse Carlos Tenreiro? Ou Zé Paleco? Ou Joni Ledo? Ou até mesmo a classe de saber que o seu presidente se chama Décio Fava? Ou a simplicidade do sr. Paulo Cafôfo?
Mas ainda existem aqueles nomes que apelam à alimentação das pessoas, como Arnaldo Tasca (em homenagem a quem frequenta tal estabelcimento), Pedro da Vinha Costa (para quem aprecia o ramo da vinicultura) e para um bom petisto tem sempre o candidato Wilson Chicharro ...
Quem nunca sonhou que o Presidente da sua Junta se chamasse Carlos Tenreiro? Ou Zé Paleco? Ou Joni Ledo? Ou até mesmo a classe de saber que o seu presidente se chama Décio Fava? Ou a simplicidade do sr. Paulo Cafôfo?
Mas ainda existem aqueles nomes que apelam à alimentação das pessoas, como Arnaldo Tasca (em homenagem a quem frequenta tal estabelcimento), Pedro da Vinha Costa (para quem aprecia o ramo da vinicultura) e para um bom petisto tem sempre o candidato Wilson Chicharro ...
Passemos aos slogans de campanha,
um poço de virtuosidade.
Aqui a mensagem é passada de várias maneiras, desde um simples “o nosso futuro é viver o presente” até a um arriscado “E porque não ...”. Mas há candidatos que têm mensagens fortes como por exemplo “Connosco uma palhada de futuro” e outros que até desafiam a Matemática com um “connosco 1+1=1”.
Seria injusto deixar outras duas mensagens de cartaz que achei interessantes. A primeira é “por uma branca diferente” (porque há eleitores como Maradona que têm de ser agradados) e ainda alguem que terá “um compromisso para 365 dias” ... o que é muito giro, mas tendo em conta que o mandato ainda vai ter mais 1095 dias parece-me pouco trabalho.
Aqui a mensagem é passada de várias maneiras, desde um simples “o nosso futuro é viver o presente” até a um arriscado “E porque não ...”. Mas há candidatos que têm mensagens fortes como por exemplo “Connosco uma palhada de futuro” e outros que até desafiam a Matemática com um “connosco 1+1=1”.
Seria injusto deixar outras duas mensagens de cartaz que achei interessantes. A primeira é “por uma branca diferente” (porque há eleitores como Maradona que têm de ser agradados) e ainda alguem que terá “um compromisso para 365 dias” ... o que é muito giro, mas tendo em conta que o mandato ainda vai ter mais 1095 dias parece-me pouco trabalho.
Seria inglório antes de terminar não
mencionar duas ferramentas importantíssimas para o trabalho destes candidatos
que tanto se esforçam para merecer os votos: Photoshop e Paint.
As ‘skills’ no manuseamento destes dois programas (ou a falta delas) fazem com que possamos olhar para os cartazes e perceber que há pessoas que faltaram à foto de família, que há outros que conseguem levitar, candidatos que parece que vieram de um casamento (e outros de uma almoçarada com os amigos) ... Obrigado a todos os especialistas que criaram os cartazes, tornaram as Autárquicas em algo mais especial.
As ‘skills’ no manuseamento destes dois programas (ou a falta delas) fazem com que possamos olhar para os cartazes e perceber que há pessoas que faltaram à foto de família, que há outros que conseguem levitar, candidatos que parece que vieram de um casamento (e outros de uma almoçarada com os amigos) ... Obrigado a todos os especialistas que criaram os cartazes, tornaram as Autárquicas em algo mais especial.
E eis que acaba a viagem. Não foi
giro e elucidativo? Pois, eu sei que não, mas também ninguém disse que as
Autárquicas tinham esse fim ... Mas não se preocupem, se estiverem aborrecidos
tirem o dia para ir ver os cartazes, decerto que depois disto que leram haja
algum candidato que seja “normal”.
PS: Um agradecimento à página do
Facebook “Tesourinhos das Autárquicas 2013” pela colaboração que teve para
comigo na criação desta crónica. Muito obrigado.
domingo, 1 de setembro de 2013
Defendam o piropo!
Militantes do BE discutem fim do piropo nas ruas do país - Elsa Almeida e Adriana Lopera criticam banalização da ideia de que a mulher "está aí para ser tocada" in Jornal "I"
Tal como Martin Luther King, eu tenho um sonho.
O sonho de viver numa sociedade justa, com princípios e valores, com clareza e transparência de valores, e acima de tudo onde os garanhões e os trabalhadores da construção cívil possam mandar o seu piropo para as mulheres que passam.
O que o Bloco está a tentar fazer é crime, até acho que deve ser contra a Constituição (nunca a li, mas está na moda ser contra ela). Como se atrevem a querer tirar a melhor parte do trabalho desta gente? O que é um "trolha" sem uma chalaça como "Oh boneca, se fosses de porcelana partia-te toda…"? É apenas mais um trabalhador infeliz sem a chance de poder dizer aquela senhora tamanho elogio.
O piropo está na base da originalidade. Há mulheres até que quase os coleccionam, perante tanta variedade de escolha. O piropo não é mais do que uma panóplia de oportunidades para mostrares que és diferente. Podes pegar num simples: "Foste à tropa? É que já marchavas…" ou ires mais longe como um bom garanhão e usares um "A tua mãe só pode ser uma ostra para cuspir uma pérola como tu" ... enfim, poesia de rua sem preço.
Espero mesmo que isto não vá avante. O país não está preparado para perder o piropo, já nos tiraram tanta coisa, mas retirarem a possibilidade de um homem ser elogioso para uma mulher sendo javardo ao mesmo tempo é inconcebível ... As conversas entre homens mudariam radicalmente: "olha vai ali uma rapariga bonita. Ah, pois é, quem me dera poder afirmar tamanho impropério que lhe despertasse a atenção com palavras que roçassem o badalhoco mas que ao mesmo tempo lhe mostrassem que estou interessado". Querem mesmo um mundo como este?
Meus amigos e leitores, o piropo faz parte do plano de engate de muitos, por isso intervenho com esta mensagem, em prol da defesa daqueles não têm voz:
"Não deixes morrer frases como 'Acreditas em amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui mais uma vez?', 'O teu pai deve ser Terrorista…. És cá uma bomba!', 'Diz-me como te chamas para te pedir ao Pai Natal', 'Não te esqueças do meu nome, mais logo vais gritá-lo', 'Oh flor, se eu fosse jardineiro nunca te faltava água' ou mesmo 'Contigo filha, era até ao osso!' ... há pessoas neste mundo que precisam disto para a sua vida mais feliz.
O meu nome é Daniel Teixeira e em nome dos trabalhadores da construção civil, garanhões licenciados e outros machos latinos eu aprovo esta mensagem.
Tal como Martin Luther King, eu tenho um sonho.
O sonho de viver numa sociedade justa, com princípios e valores, com clareza e transparência de valores, e acima de tudo onde os garanhões e os trabalhadores da construção cívil possam mandar o seu piropo para as mulheres que passam.
O que o Bloco está a tentar fazer é crime, até acho que deve ser contra a Constituição (nunca a li, mas está na moda ser contra ela). Como se atrevem a querer tirar a melhor parte do trabalho desta gente? O que é um "trolha" sem uma chalaça como "Oh boneca, se fosses de porcelana partia-te toda…"? É apenas mais um trabalhador infeliz sem a chance de poder dizer aquela senhora tamanho elogio.
O piropo está na base da originalidade. Há mulheres até que quase os coleccionam, perante tanta variedade de escolha. O piropo não é mais do que uma panóplia de oportunidades para mostrares que és diferente. Podes pegar num simples: "Foste à tropa? É que já marchavas…" ou ires mais longe como um bom garanhão e usares um "A tua mãe só pode ser uma ostra para cuspir uma pérola como tu" ... enfim, poesia de rua sem preço.
Espero mesmo que isto não vá avante. O país não está preparado para perder o piropo, já nos tiraram tanta coisa, mas retirarem a possibilidade de um homem ser elogioso para uma mulher sendo javardo ao mesmo tempo é inconcebível ... As conversas entre homens mudariam radicalmente: "olha vai ali uma rapariga bonita. Ah, pois é, quem me dera poder afirmar tamanho impropério que lhe despertasse a atenção com palavras que roçassem o badalhoco mas que ao mesmo tempo lhe mostrassem que estou interessado". Querem mesmo um mundo como este?
Meus amigos e leitores, o piropo faz parte do plano de engate de muitos, por isso intervenho com esta mensagem, em prol da defesa daqueles não têm voz:
"Não deixes morrer frases como 'Acreditas em amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui mais uma vez?', 'O teu pai deve ser Terrorista…. És cá uma bomba!', 'Diz-me como te chamas para te pedir ao Pai Natal', 'Não te esqueças do meu nome, mais logo vais gritá-lo', 'Oh flor, se eu fosse jardineiro nunca te faltava água' ou mesmo 'Contigo filha, era até ao osso!' ... há pessoas neste mundo que precisam disto para a sua vida mais feliz.
O meu nome é Daniel Teixeira e em nome dos trabalhadores da construção civil, garanhões licenciados e outros machos latinos eu aprovo esta mensagem.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Criador do "Crónicas" raptado!!!
Ninguém sabe ao certo as circunstâncias deste incidente, o que é certo é que o vídeo que se segue caiu na Internet e mostra o criador do "Crónicas em Branco" amarrado perante um grupo de raptores.
Daniel Teixeira no entanto não quebra e não cede às pressões de quem o raptou.
Segundo fontes anónimas, ele safou-se porque viu muitos episódio do McGayver ...
Mas melhor mesmo é ver o vídeo :)
Daniel Teixeira no entanto não quebra e não cede às pressões de quem o raptou.
Segundo fontes anónimas, ele safou-se porque viu muitos episódio do McGayver ...
Mas melhor mesmo é ver o vídeo :)
Existe mesmo "liberdade de expressão" no Mundo actual?
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