Destruição, multidões em fúria, confrontos com as autoridades … imagine quase o fim do mundo e depois veja os noticiários, verá Londres. A morte de Mark Duggan serve de rastilho para estes dias de constantes batalhas campais nas ruas onde sempre parecia que o Big Ben nunca seria chateado com problemas.
Como seria de esperar, esta “onda” começa a alastrar: “As revoltas registadas na noite de sábado para domingo na zona de Tottenham, no Norte da cidade, atingiram as áreas próximas de Enfield e Walthamstow, bem como a área de Brixton, a Sul. Em todos os casos, centenas de agitadores atacaram a polícia e saquearam lojas locais, havendo já a registar 35 polícias feridos e mais de 100 pessoas detidas.”
Muito se fala do fim do mundo e de catástrofes, mas penso que fica claro que quem fará mais estragos quando “ameaçados” somos mesmo nós. Ordem é algo que parece não existir e quase que nos faz pensar se isto não será apenas um “taste” daquilo que poderá esperar outros países (porque nem sempre os bons exemplos são seguidos…)
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu restaurar a ordem no país, chamado todos os deputados que se encontravam em férias."O povo não deve duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas”, declarou Cameron durante um breve discurso.
Veremos como toda esta situação será resolvida, mas até lá a fúria de uns será com certeza o mal-estar de outros.
"O caos é impensável, já que a mistura é uma ordem e não há para o espírito do homem, ou no espírito do homem, nada que não seja relação. O que acontece é que chamamos desordem à ordem que nos não agrada, ao conjunto de relações em que não entendemos ou não aceitamos a relação connosco."
Agostinho da Silva
(Filósofo/Poeta/Ensaísta)
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