Olá pessoas,
então e este frio que nos cria logo a ideia de trazer um aquecedor portátil em
cada bolso? É daqueles frios sacanas que nos fazem querer andar com aquelas
camisolas de flanela que a nossa avó nos deu nos anos e que prometemos a nós
mesmos nunca usar na rua ...
Pois é, estamos no mês do Natal (surpreendi-vos não foi?) e curiosamente este ano continua a ser na passagem do dia 24 para 25. Como não poderia deixar de ser já se vê anúncios sobre a época com hipopótamos a dançar abanando toda a sua gordura bem pixelada, avestruzes a pedir a atores que ajudem causas humanitárias e canções sobre electrodomésticos. Luzes piscam nas varandas como se de uma pista de aviões se tratasse, algumas com bónus de ter um Pai Natal agarrado (eu faço mea culpa, eu tenho disso na minha, pronto, não sou perfeito), dentro das casas existe sempre a portentosa árvore cheia de bolinhas e uma carrada de “piscas” que se vai buscar aos chineses todos os anos, nozes, Bolo-Rei, Pão-de-Ló, aletria, enfim tudo aquilo a que um Natal já nos habituou e que nos enche o bandalho antes das refeições (o habitual bacalhau, batatas e aqueles legumes todos que nunca me lembro do nome).
Começa
também a corrida aos presentes. Peúgas, roupa interior, chocolates daqueles que
nínguem gosta (sim, acabei de enumerar a lista de qualquer tia). A nota que todos
pensamos é que estamos em crise, mas mesmo assim tentamos ser bons nesta quadra
oferecendo realmente algo que a outra pessoa gosta ... até ficarmos frustrados
por receber chocolates em troca. Mas atenção! Somos portugueses, logo a
verdadeira debandada começa dia 22. Até lá ainda se pode caminhar com a família
nos shoppings sem que percamos metade dela 5 minutos depois de entrarmos.
Mas o que me
preocupa ano após ano é o que a televisão mostra nesta época. Há sempre uma
enorme probabilidade de os filmes “Sozinho em Casa” e o “Titanic” passarem após
o almoço de Natal. Ora isso já é tortura porque já toda a gente sabe há mais de
uma década que o puto safa-se sempre e que o barco vai ao fundo ... Será que
ainda há alguém que quando começa a dar o Titanic ainda diz “Ai o Titanic ...
ai ... será que desta vez o barco se afunda? Vou ter que ver ...”.
Frio,
publicidade, decorações, bolos, o Sporting fora da corrida pelo título,prendas
q.b por causa da crise e o medo dos filmes que podem passar na tv ... parece-me
um Natal bastante “normal” com todas as tradições que já estamos habituados
(fala-se no final do Mundo antes disso, mas em Portugal não há dinheiro para
extravagâncias dessas).
Fico-me por
aqui na crónica até porque estou a mais de 20 minutos longe do aquecedor e já estou
a perder aquele “quentinho” que se sente na roupa ... vá, até a próxima.
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