"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

TAP ou não TAP?



E não é que afinal o governo não vendeu a TAP como todos nós esperávamos? Que revés, que acontecimento, que acto gratificante ... ok, nem por isso, basicamente o governo fez-se de difícil dizendo “Se queres muito tens que te esforçar mais” como se German Efromovich fosse um namorado que mesmo sendo rico não é tão carinhoso.
Um diz que pagou e que estaria tudo em ordem, o outro diz que não e defende que a venda nas atuais circunstâncias, é sempre um processo difícil ... é mesmo caso para cantar:
 “anda comigo ver os aviões levantar vôo
se tiveres dinheiro podes leva-los todos”

Ao que parece o grupo Synergy não apresentou uma garantia bancária de 25 milhões de euros dos 35 milhões que ficariam para o Estado. Isto meus amigos significa que lá por ser Natal não significa que Portugal está em saldos (só o Sporting vá). A TAP era o presente que Efromovich queria porque tinha tudo que alguém poderia querer: aviões, pistas para aterra-los, um país muribundo que passava a ter menos um ativo a lucrar, enfim, o sonho de qualquer menino no dia 24 para 25. Mas aparentemente o dinheiro que o senhor tinha no porquinho não chega, por isso há que arranjar mais uns milhões para convencer o Pai Natal Relvas que merece mesmo pack completo da TAP.

A notícia da privatização da TAP não estava a ser pacífica e o Governo tentava fazer o impossível: tratar da venda da TAP sem que pessoas fizessem demasiadas  perguntas. Azar dos azares pessoas fizeram mesmo perguntas (e algumas bastante traiçoeiras diga-se), investigaram e os trabalhadores da companhia aéria não acharam muita piada (há dias em que nada corre bem a um Governo). Por isso e porque ainda não tinham a mala do dinheiro na mão decidiram suspender a decisão.

German já respondeu dizendo que "o Governo está a perder uma oportunidade única" e que "o momento de verificar as garantias [bancárias] era no fecho da operação que devia decorrer a 27 de Dezembro", e não na altura da decisão ... Ou seja, o homem recebia a prenda e depois via-se o NIB. 

Maria Luís Albuquerque explicou que em cima da mesa estava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a que acrescia um passivo na ordem dos 1,5 mil milhões de euros. Com orgulho mantemos a TAP (para já) e com sofrimento virão aos nossos bolsos tirar o que não sacaram dos de Efromovich ... mas pronto, ao menos ainda temos a TAP e os aviõeszinhos não é pessoal?

E aquela bronca da RTP? Ei que caldeirada! Mas pronto essa fica para outro dia ...

0 comentários:

Enviar um comentário