E depois do Primeiro-Ministro na sexta-feira eis o
2º Primeiro-Ministro de Portugal a entrar em cena. Paulo Portas decidiu aparecer
após Pedro Passos Coelho ter dado a conhecer a mais recente estratégia
de cortes no nosso país.
E o que disse Paulo Portas? Basicamente defendeu a
sua ideologia. Prontamente decidiu focar-se no facto de apesar de estar em fase
de coligação com o PSD, o CDS não se revê nos planos de austeridade
apresentados.
Sentiu-se um Portas incomodado, com vontade de abanar alguns ramos (mas sem nunca estragar o seu nó de gravata).
Sentiu-se um Portas incomodado, com vontade de abanar alguns ramos (mas sem nunca estragar o seu nó de gravata).
Deixo de seguida 2 excertos que o líder do CDS afirmou na sua intervenção:
- “Não quero deixar de abordar a medida mais problemática, a TSU dos pensionistas. O primeiro-ministro sabe que esta é a fronteira que não posso deixar passar”.
- “Não quero deixar de abordar a medida mais problemática, a TSU dos pensionistas. O primeiro-ministro sabe que esta é a fronteira que não posso deixar passar”.
-
“Perante a pressão para cortar nos salários, fui um dos que aconselharam o
primeiro-ministro a reduzir a própria despesa do Estado em vez de aumentar os
impostos”.
O que retiro daqui é um Portas que se sente mesmo em
ponto de rebuçado, talvez pronto para sair do barco, sentindo-se apenas como um
tripulante sem voz dentro do Governo. Comparativamente a Passos Coelho apareceu
bem mais preparado, não fugiu a demonstrar o seu descontentamento (seja ou não
forçado para passar uma imagem exterior positiva).
Sempre o vimos como o senhor ao lado do Primeiro-Ministro,
com uma pasta “dada” para compensar o acordo para a coligação que governa o
país. Mas talvez após esta aparição (e com o aparente deterioramento do Governo
onde paira a saída de Gaspar) Portas pode mesmo assim dar um sinal de força,
largando a personalidade de “responsável sem efeitos práticos”.
Mas mesmo assim não podemos esquecer o duro golpe
que nos foi presenteado na sexta-feira. Vem aí mais complicações principalmente
para quem é reformado e que já antes disto era alvo activo deste Governo. Salvadores
de boca temos muitos, mas alguém com acções parece ser escasso ...
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