O bom senso é indispensável. A circunspecção idem aspas. Temos de ser coerentes o suficiente para ver que não dá, que por muito que combatemos existem tenacidades que não valem o esforço nem o tempo perdido. É preciso deixar a razão vir à tona, travar o impulso, guardar a hesitação. É necessário esquecer o desejo, olhar a preto e branco e procurar uma saída.
Doravante é imprescindível gostar um pouco mais de nós, desembrulhar de quando em vez as nossas origens e escutar os nossos próprios segredos. No futuro juraremos vida em prol do que amámos, por isso, porque não presentearmo-nos desde já com o nosso dom de jurar? De prometer mares e fundos, e dar o máximo de nós para que lá cheguemos? Sejamos realistas, a maioria não imagina sequer ser capaz de tanto e de tão pouco, talvez por isso, nem valorizem a sua própria palavra; não se honram. Precisamos, portanto, de valores, de causas e de ideais. Todos. Sem excepção.
E a vida é hoje e não amanhã. É hoje que se sonha, que se torna as utopias reais, que se realiza os projectos cheios de pó escondidos no baú, com teias de aranha; está nas nossas mãos o amor, a glória e a esperança. Deixemos lamentações de parte, do mesmo lado que estarão, então, os medos e as injustiças. O amanhã pode já não chegar, e depois?
Cronista: Rute Rita Maia
1 comentários:
obrigado fofinha!
tens razão nisto, oh meu deus!
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