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Era um visionário, que via o seu mundo espelhado nas obras criadas, onde o auditório tinha a chance de o poder viver com os seus olhos.
Foi um marco na história tanto no cinema como na vida. Foram 106 anos de vivência recheados de histórias e no cinema é nome imperial e inesquecível para os amantes da arte. Figura de proa que merece todo o nosso respeito.
Desde "Aniki Bobó" até ao "Velho do Restelo" Manoel foi igual a si mesmo, pouco importado com a crítica. A realização era o seu espaço e era com ele que recriava o que a sua fértil mente lhe proporcionava como ideias.
A igreja do Cristo Rei foi pequena para toda a homenagem que este homem mereceu. Figuras de proa mostraram o seu respeito. Rosas brancas e aplausos acompanharam Manoel na sua última viagem entre nós, a derradeira fita que este realizador criou.
"O cinema não morreu com Manoel de Oliveira, mas Manoel de Oliveira era único e o cinema não será o mesmo sem ele", afirmou John Malkovitch no final do funeral.
Manoel de Oliveira era a personificação da juventude eterna, da mente que não sabe quando parar.
Obrigado Manoel. Descanse em paz.
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