"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pedido urgente para a sanidade geral

É pá parem com os anúncios do Pingo Doce! É sempre o mesmo tipo de jingle, o que muda é meia dúzia de palavras e os actores pagos para fazerem de senhora da caixa ou de homem do talho. Já percebemos que têm jeito para as rimas e que arranjaram um compositor que só sabe tocar uma música … daqui a bocado estão na contagem do Top+. É sempre tudo acabado em ‘ão’ e ‘eiro’, depois queixem-se que chamam (outras) coisas acabadas em ‘eiro’ aos funcionários…

Isto já tem mais de um ano e parece interminável. Aposto que estes anúncios já servem como técnica de tortura nos prisioneiros mais difíceis de quebrar nos nossos país. “Onde escondeste o dinheiro do cofre Toni? Não digo. Olha que vais parar à cadeira eléctrica! E eu ralado…Ai é? Então vamos amarrar-te a uma cadeira e vais ver os anúncios de Natal do Pingo Doce! Não esperem, está na casa da minha amante…”

Pensem nos velhotes que estão todo o dia agarrados à cadeira a ver a programação da tarde que e durante os intervalos levam com este sacrifício. Um idoso passa de querer juntar toda a sua reforma para pagar os seus medicamentos para querer comprar a tal maça golden que todo o ano está a 75 cêntimos … e mais, como nesta idade a memória é selectiva eles ao decorar este anúncio esquecem coisas importantes da sua vida como por exemplo onde estiveram no dia 7 de Setembro de 1972, que tem que usar placa dos dentes e que tem que levantar a sua mulher todos os dias… que anda atrás da placa.

Já sinto saudades dos anúncios da ZON. Esses sim, porque davam para todas as situações e cada um tinha o seu toque: “Se eu podia viver sem o telemóvel, podia mas não era a mesma coisa”, “se eu podia viver sem comer francesinha, podia mas não era a mesma coisa”, “se eu podia viver sem a minha namorada a trair-me com o vizinho, podia mas não era a mesma coisa”… esse tempo de glória, de trocadilhos e de muita chapada conjugal já não volta.

Deixo assim algo construtivo para o pessoal que trata do marketing do Pingo Doce. Metam lá no anúncio a verdadeira senhora da limpeza com a sua verruga, o homem dos enchidos com um bocado de ranho (referência ao Inverno) e a menina da caixa a limar as unhas quando não tem ninguém para atender a dizerem que lá os preços não mudam … porque ninguém se dá ao trabalho de contratar alguém para tirar estes e pôr outros.

2 comentários:

Hugo Lopes disse...

Muito bom lol, mesmo ao teu estilo esta..

Filipa Alves disse...

ta qualquer coisa ! é a verdadeira imagem não do país que temos mas sim do país que somos xD tenho dito ;D

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