E
pronto, acabou-se o Europeu. Acabaram-se os jogos as 17 horas e outro logo a
seguir as 19h45 que nem dava para uma pessoa se levantar para ir buscar mais
amendoins ou o refresco para acompanhar as jogadas. Já não há mais aquela
vontade de saber quanto ficou um Polónia-Rússia ou até mesmo um espectacular
Républica da Irlanda-Cróacia, que até nem serviam para nada, mas para mostrar
que se está atento vai-se entrando em contacto como bom entendor. Houve animais
a adivinhar resultados (Platini incluído), houve o fenómeno Balotelli a
comparar-se com carteiros e houve ainda selecções a vencer jogos a jogar sem
ponta-de-lança ... enfim, uns com tudo e outros sem nada não é?
Para
nós acabaram-se as saídas rápidas do trabalho para se ir ver Portugal, as
esplanadas repletas com ecrãs gigantes, o nervoso miudinho em cada corte do
Moutinho e do Pepe, em cada arrancada do Ronaldo e em cada mau domínio do
Postiga. Acabou-se aquela solidariedade que tínhamos uns pelos outros no meio
da multidão com cada bola que balançava dentro da rede ou remate ao ferro, a
mágoa da derrota contra a Alemanha, o renascer da alma com o 3-2 do Varela à
Dinamarca, a magia que surgia com os golos do Ronaldo à Holanda e à República
Checa e até mesmo o sentido de impunidade quando vimos o penalti do Bruno Alves
bater na trave e a “injustiça” tomou conta de nós. Neste mês de Junho que
passou fomos uma nação unida contra os adversários que tinhamos de 3 em 3 dias,
fomos um povo a acreditar em 23 jogadores que tinham Portugal a torcer por eles
...
Mas
agora tudo isso terminou. Voltamos à crise e ao desalento, ao pão nosso de cada
dia como muitos lhe chamam, à mesma tristeza de pensamento (e também de
alento). Este mês pode-se bem dizer que foi as férias de estarmos cabisbaixos e
sem esperança porque sendo muito frenética ou não a reacção que se tenha nós
vivemos o Euro 2012 de uma maneira apaixonante e a acreditar que no final de
tudo poderíamos trazer o ‘caneco’ para casa. Tal não aconteceu (a sorte sorriu
de novo à Espanha), mas mesmo assim há que ter noção que tudo se fez para que o
destino fosse outro.
A
moral da história? Vamos ser mais optimistas e sorrir, se num mês tudo pareceu
diferente e positivo, porque não continuar com esta onda?
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